Ourinhos finaliza fevereiro com registro de covid-19 em algumas escolas estaduais

Até agora são sete casos confirmados e algumas suspeitas

 

Juliana Neves

 

A volta das aulas presenciais em escolas estaduais de Ourinhos em fevereiro fez com que as duas últimas semanas do mês fossem marcadas por casos de covid-19 entre professores, funcionários e alunos. É uma situação que abre a discussão para questionamentos se é o momento ideal para aulas presencias e revolta por parte da sociedade.

Na terça-feira, 16, o primeiro caso foi registrado na escola José Augusto com exame positivado de uma aluna, metade dos professores estavam afastados por suspeita e dois apresentaram sintomas. Com isso, no dia seguinte, 17, a escola estaria fechada para reorganização da dinâmica escolar em razão a estas situações provocadas pela contaminação do vírus coronavírus.

No dia 23, terça-feira, houve outro relato de caso de covid-19 na mesma escola. Desta vez, a informação que nos chegou foi via sub-sede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) de Ourinhos, sendo exame positivado de integrante do corpo docente. Diante da situação, já eram dois casos no mesmo estabelecimento educacional.  No mesmo dia, entramos em contato com a diretora que não quis se pronunciar e a dirigente de ensino nos respondeu de forma evasiva ao questionamento dos casos. E no dia 25, quinta-feira, apuramos que a escola possui cinco professores com suspeita e uma aluna e um professor confirmados a doença.

A segunda escola a apresentar caso da doença foi a Ary Correa na quinta-feira dia 17. Foi confirmado um caso com exame de uma auxiliar de limpeza. A funcionária trabalhou até na segunda-feira, 14, porque a Unidade de Pronto Socorro (UPA) não tratava seus sintomas e mal-estar como covid-19, até que ela pediu a realização do exame e pagou com o seu próprio bolso. Portanto, ela teve diarreia, vômito e dor de garganta.

O terceiro registro foi na escola Horácio Soares divulgado no sábado, dia 20. A informações foi de casos da doença entre os professores, sendo que o profissional em questão havia testado duas vezes negativo e no dia seguinte amanheceu sem paladar. Ao testar novamente o resultado foi positivo. No domingo, dia 21, recebemos a informação que havia mais casos suspeitos na mesma escola.

No mesmo domingo, foi constatado casos de covid-19 na creche municipal NEI Professora Hilda Kortz Amaral dos Santos no bairro CDHU. Uma funcionária testou positivo, é possuidora de comorbidades e não conseguiu afastamento do seu trabalho. Outra funcionária precisava ser internada em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e foi encaminhada para Marília por falta de vaga em Ourinhos, chegando quase a óbito durante o caminho da viagem. E em Marília sua situação foi estabilizada.

Por fim, foi a vez da Maria do Carmo com um caso confirmado de professor que se adquiriu a doença por contato com aluno contaminado em outra escola em que leciona, a estadual Mario Briatore de Salto Grande.

Com este cenário escolar, em contato com a Sandra Andrade, dirigente de ensino, nos informa que “estamos seguindo todos os protocolos do Decreto do Governador de 17 de dezembro. Estamos acompanhando e sempre em alerta. E os exames do posto tem um prazo de oito dias para emissão do laudo, então para ser confirmado precisamos do atestado ser entregue na escola”.

Já a Prefeitura Municipal de Ourinhos, ao questionada pela nossa equipe de reportagem sobre seu posicionamento em relação à situação enfrentada pelas escolas estaduais não nos responderam, não obtivemos resposta.

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