Duas vitórias importantes do governo

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Neste madrugada o governo conseguiu seu primeiro lance positivo em muito tempo. A estratégia montada conquistou o apoio de 60 deputados do PMDB, em torno da promessa de três Ministérios, dentre os quais o da Saúde e provavelmente o da Infraestrutura, que juntará os de Viação e Portos.

O negociador foi o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ),  presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Embora jovem, está no segundo mandato, Picciani não depende do presidente da Câmara Eduardo Cunha, mas é seu aliado.

Os sinais de que a manobra estava sendo bem sucedida foi o alarido da oposição, “denunciando” a entrega da Saúde ao grupo. É medida complicada. Historicamente, o Ministério da Saúde tem sido blindado nas barganhas políticas. A alegação dos líderes do governo é que se tratava de uma questão de vida ou morte do governo.

Com o acordo, o governo conseguiu manter quase todos os vetos de Dilma ao festival de gastança da Câmara, mostrando mais um acerto do governo, ao decidir enfrentar a votação de surpresa.

Ficou de fora, por enquanto, apenas os reajustes do Judiciário, por falta de quórum. O item mais caro – o Fator Previdenciário – foi mantido.

As articulações tiveram o dedo de Lula. Mas tem crescido a participação de Giles Azevedo, o discreto homem de confiança de Dilma. Giles não é pessoa das grandes articulações. Mas tem duas características importantes para o momento: os parlamentares sabem que os recados dados chegam até Dilma; e reconhecem que Giles é homem sem ambições políticas e sem jogadas duplas.

Foram duas vitórias maiúsculas, comprovando que a estabilização política está ao alcance de Dilma. Basta apenas não errar tanto.

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