Ourinhense grávida de 7 meses e com perda de líquido, espera há mais de 24 horas para realizar parto

Lidiany e seu marido Daniel

A ourinhense Lidiany Correia de 26 anos, está vivendo uma situação dramática desde a tarde de sexta-feira, 21, quando começou a aguardar pela realização do parto prematuro de seu 5º filho, cuja gestação completou 7 meses há poucos dias, mas que devido a perda de líquido desde terça-feira,  a obrigou a ser internada na Santa Casa. Na sexta-feira à tarde, o médico que a atendeu disse que não teria mais como esperar, pois devido a perda do líquido, o parto teria que ser feito imediatamente, já que havia o risco de faltar oxigenação para o bebê. No entanto, Lidiany foi informada na noite de sexta-feira, que não teria como realizar o parto em Ourinhos, já que não havia vaga na UTI Infantil na Santa Casa e após tentativa frustradas de encaminhá-la para Assis e Santa Cruz do Rio Pardo, por volta da 1 hora da manhã, Lidiany foi levada por uma ambulância do SAMU para um hospital em Marília.

Porém, embora ao contrário de encontrar a solução de seu problema, o drama de Lidiany só piorou e após fazer ultrassom, foi atendida por uma médica que lhe perguntou o que estava fazendo lá, e após ouvir a explicação, disse que lá também não poderia realizar o parto e a mandou tomar um ônibus para voltar a Ourinhos, mesmo diante da gravidade de seu estado, perdendo líquido, com dor, inchada e hipertensa, com gravidez de alto risco.

Lidiany teve que esperar das duas até as seis horas da manhã nos bancos do hospital para tomar o ônibus de volta para Ourinhos, período em que nenhum funcionário sequer ofereceu uma cama para se deitar. Ao chegar a Ourinhos na manhã deste sábado, 22, as enfermeiras perguntaram porque havia voltado, e ela explicou que a médica havia dito que não poderia realizar o parto em Marília.

De acordo com sua irmã Luzia, após a família entrar em contato com uma equipe de tv local e contar o que estava acontecendo,  a reportagem ligou para a direção da Santa Casa que afirmou que iria resolver a situação. ” Acontece que depois disso, desde as 10 da manhã minha irmã está na sala de pré-parto, e até agora não foi feito, mesmo após passar no médico hoje de manhã e ele dizer que é necessário realizá-lo com urgência, pois já está passando da hora e o coração do bebê já está batendo mais lento. Minha irmã tem problemas por causa de hipertensão e todos seus filhos foram prematuros e por isso mesmo o médico havia dado uma carta dizendo que teria que ser feita cesárea. Agora estamos sem informação de nada desde de manhã, ligamos lá e só nos informaram isso, que estava na sala de pré-parto, mas não dizem o que está acontecendo, nem se já está sendo realizado o parto, estamos muito aflitos e preocupados, com o bebê e com ela”, contou.

 

PS: A nossa reportagem foi informada há poucos minutos que o parto de Lidiany finalmente foi realizado e tanto ela como seu filho, Pedro, passam bem. O bebê foi direto para a UTI, após disponibilização de vaga pela administração da Santa Casa. 

 

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