Suspeita de desviar R$ 3,5 milhões da prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo tem prisão decretada

Advogado disse que ela deve se entregar (Foto: Reprodução/TV TEM)
Advogado disse que Sueli deve se entregar

A polícia de Santa Cruz do Rio Pardo (SP) confirmou nesta quinta-feira (12) que a Justiça já decretou a prisão preventiva de Sueli de Fátima Feitosa. A ex-tesoureira da prefeitura, exonerada do cargo, é suspeita de desviar cerca de R$ 3,5 milhões dos cofres públicos e agora é considerada foragida.

O advogado de Sueli, Antônio Godoy Maruca, esteve na delegacia e no fórum por quase três horas. “Descobri hoje que tem um pedido se prisão preventiva contra ela e já entrei com pedido para revogar. Eu ainda estou analisando o processo, em breve ela vai se apresentar para falar. Parentes dela estão sendo ouvidos, após tudo isso que vamos tomar uma posição de defesa”, diz o advogado, que disse que acredita que ela irá se entregar.

O delegado Renato Mardegan que investiga o caso disse que a prisão preventiva já estava decretada desde o dia 30 de dezembro, mas só foi divulgada agora.  “Nós procuramos manter o sigilo da decretação da prisão com o intuito e esperança que ela pudesse aparecer. Se sentisse a vontade achando que a investigação transcorria de forma normal sem qualquer tipo de prisão em desfavor dela.”

A polícia diz que tem monitorado os passos de Sueli Feitosa desde quando o pedido de prisão preventiva foi aceito pela Justiça. A suspeita é que ela esteja na região da grande São Paulo. “O objetivo agora é tentar prendê-la, até para que ela possa falar tudo o que sabe. E mantê-la em cárcere até que as investigações sejam concluídas porque liberta ela pode trazer grandes prejuízos à conclusão do inquérito policial.”

A polícia ainda aguarda a decisão da Justiça sobre os pedidos de quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de Sueli Feitosa.

Desvio de verba

Segundo o delegado, o objetivo é descobrir qual o real patrimônio construído pela funcionária pública Sueli de Fátima Feitosa enquanto ocupou o cargo de diretora na prefeitura. “Através da queda do sigilo fiscal nós conseguimos analisar o patrimônio dela e dos familiares a fim de verificar se existe uma correspondência entre o ganho real e o patrimônio que eles ostentam e declararam à Receita Federal.”

Segundo as investigações, a suspeita pegava dinheiro do caixa da prefeitura e depositava em contas pessoais. Para esconder o desvio extratos bancários eram falsificados. A Polícia Civil apreendeu documentos, contratos e computadores na casa da suspeita – que não está na cidade – e de parentes dela. Todo o material está sendo analisado. Segundo o delegado, o responsável pode responder por peculato, falsificação, falsidade ideológica, estelionato e possível associação criminosa.
Fonte: G1

APOIE

Seu apoio é importante para o Jornal Contratempo.

Formas de apoio:
Via Apoia-se: https://apoia.se/jornalcontratempo_apoio
Via Pix: pix@contratempo.info