Bancários de Ourinhos e região aderem a paralisação nacional da categoria

Com a greve, se formaram longas filas nos caixas eletrônicos dos bancos em Ourinhos

No primeiro dia da greve por tempo indeterminado deflagrada pelos bancários em todo o país nesta terça-feira, 06, a paralisação teve adesão quase total em Ourinhos, com 9 das 10 agências da cidade fechadas, sendo que uma delas aderiu parcialmente a paralisação, abrindo ao público apenas após às 12 horas. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Bancários da região de Marília Djair Besson, que engloba além de Ourinhos, as cidades desta região, das 40 agências existentes em toda a região, 30 delas paralisaram suas atividades, atingindo o índice de 70% de adesão ao movimento grevista. “Hoje cerca de 500 funcionários estão parados e ao longo desta semana, acredito que este número deverá crescer, chegando a 90% de adesão a greve em toda a nossa região”, declarou. 

Segundo Djair, as principais reivindicações da categoria são a reposição integral da inflação do período, que foi de 9, 57% e um ganho real de 5%, mas que se chegar em pelo menos 1,5%, a categoria fecha acordo. “Acredito que na semana que vem a Febraban deva nos chamar para ter a primeira reunião propondo algum acordo, mas enquanto isso não ocorrer, a greve será por tempo indeterminado”, explicou.

Propostas nacionais
No dia 29 de agosto, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs um reajuste salarial de 6,5% nos salários dos funcionários e abono de R$ 3 mil. Segundo o sindicato da categoria, o valor não cobre a inflação e reduz os salários em 2,80%.
Também não foram atendidas as reivindicações pela participação nos lucros e resultados (PLR) linear e pelo fim das metas e demissões imotivadas, além do plano de cargos e salários em bancos privados, obrigatoriedade de instalação de portas giratórias e ampliação do auxílio-educação e do vale-cultura.

Reivindicações
A categoria rejeitou a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) de reajuste de 6,5%  sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. Os sindicatos alegam que a oferta ficou abaixo da inflação projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário.

Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

Segundo a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban, o braço sindical dos bancos), a proposta representa um aumento, na remuneração, de 15% para os empregados com salário de R$ 2,7 mil, por exemplo. Para quem ganha R$ 4 mil, o aumento de remuneração será de 12,3%; e, para salários de R$ 5 mil, equivale a 11,1%. O piso salarial para a função de caixa, com o reajuste, passaria a R$ 2.842,96, por jornada de 6 horas/dia.

“É importante ressaltar que as soluções encontradas na mesa de negociação variam conforme a conjuntura econômica e que a proposta apresentada neste ano responde a condições específicas pela qual passa a economia brasileira”, diz a entidade.

Atendimento durante a paralisação
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem utilizar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.

Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.

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