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Professores em greve fazem ato público

Professores em greve fazem ato público

Os professores da rede estadual da Região de Ourinhos fazem ato público hoje às 15h em frente a Diretoria Regional de Ensino no centro de Ourinhos, a concentração está marcada para as 14h na Subsede da Apeoesp. Os professores reivindicam aumento de 75% no salário, porcentagem alta, mas que representa as perdas ocorridas nas duas últimas décadas. Outra reivindicação é o cumprimento da Lei do Piso, que é uma lei federal de 2008, que garante aos professores um terço da jornada em atividades fora da sala de aula para estudo e planejamento das aulas. O Governo do Estado de São Paulo é um dos únicos que se recusam a cumprir esta lei, vale lembrar que todas as prefeituras da região já se adequaram à legislação.

Os professores reclamam do fechamento de 2700 salas de aula promovido pela Secretaria Estadual de Educação, com salas superlotadas o trabalho docente fica mais difícil e cansativo, há relatos na região de salas com mais 50 alunos.

Outro ponto é a forma de contratação dos professores temporários, também chamados de professores Categoria O, que reclamam direitos trabalhistas e também o fim da “duzentena”, em quem os profissionais ficam 200 dias impedidos de pegar de pegar aulas após o fim do contrato, bem como receber seus salários.

A greve que começou no dia 13 conta como uma adesão, segundo o sindicato, de 60% da categoria ou cerca de 140 mil professores. Já o governo afirma que apenas 2,4% aderiram ao movimento grevista. Na região de Ourinhos, o movimento está grande, com comandos de greve sendo realizados em quase todas as escolas nos últimos dias. Várias escolas estão com mais 90% de adesão e outras com grande adesão, como EE Josepha Cubas, EE Domingos Carmelingo Caló, EE José Augusto de Oliveira, em Ourinhos. Em Ribeirão do Sul, a EE Nicola Martins Romeira tem adesão de 100% dos professores. Já na EE Ernesto Fonseca, em Chavantes, mais de 20 professores aderiram. Segundo o presidente regional da Apeoesp, prof. Luís Horta, a greve é por tempo indeterminado e a porcentagem de adesão deve aumentar até o final da semana quando haverá nova assembleia em São Paulo.

Horta, disse ainda que o movimento deste ano começou forte, e já  é considerada a maior greve dos últimos anos, além da pauta a recente declarações do governador dizendo que a luta dos professores é “uma novela”, tem motivado ainda mais as paralisações, bem como o congelamento do salário dos docentes nos próximos 4 anos.

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