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Franklin de Paula: SÉCULO (XXI) – poesia

Franklin de Paula: SÉCULO (XXI) – poesia

Nascido em Cerquilho-SP, o jovem morador de Ourinhos Franklin de Paula, ex-aluno da ETEC Jacinto Ferreira de Sá, atualmente estuda psicologia Universidade Paulista (UNIP), apresenta uma de suas poesias que irá compor seu livro, com lançamento previsto para este ano.

 

 

SÉCULO (XXI)

Aos dias nublados, aos amigos escravos…

Dos tempos modernos, às pessoas esquecidas,

Eu bebo outra dose, daquela velha tequila,

Que havia sido abandonada na prateleira do bar.

Por ruas imundas continuo andando,

Com gritos latentes e sonhos lúcidos,

Com ar sujo nos meus pulmões,

Que inspiram angústias e expiram dramas,

Para cada gota que cai, outra alma se esvai,

De sua forma física e passa para sua forma lírica.

Não defendo os poetas, nem os

Escritores, eu defendo as dores.

Não defendo a métrica e sim,

A estética, a relação, quase que

Profética, morfética, entre elas,

As palavras. Elas que por instantes,

Incendeiam minha mente e sim,

Consequentemente meu peito,

Estreito, imperfeito, mas que sabe

Das dores mundanas, das coisas

Banais, que existem entre o ser,

E os que acham que são! Esses seres…

Acham que são humanos…

Quando são restos mortais,

Restos heréticos, profanos,

De restos dos que sobraram,

E ainda pensam que podem,

Viver neste século, sem a

Angústia, tristeza, ilusa, pura

ou bruta, de sofrer a cada

Manhã. Bem vindo ao

INVERNO de cada dia,

De cada estação, que anseia,

Por mais um coração, para

sua coleção ou por mais um

Sonho. Tristonho, me dispo,

Daquilo que aprendi a ser,

Livro-me de tudo que pensei,

Pois essa carga de responsabilidade,

Não anseio ser um esquecido, muito,

Menos um ídolo ou ícone… Quero!

Ser livre, para escrever, sem nenhuma

Responsabilidade, sem nenhum objetivo.

Quero ser humano de verdade,

Ser pudor, sem miséria, sem vaidade,

Apenas para um dia amar e morrer

De saudade.

 

Franklin de Paula – estudante de psicologia e poeta

 

 

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