Professores da rede pública ocupam Assembleia Legislativa de São Paulo
Os professores da rede estadual de SP, em greve desde o dia 13 de março, passaram a tarde na Assembleia Legislativa em audiência pública, e ao final ocuparam as galerias do Plenário como mais uma das medidas de sua mobilização.
Segundo informações veiculadas nas redes sociais, são cerca de 500 professores nas dependências da Casa, que deliberaram a ocupação do espaço, até a próxima sexta-feira(17), mesmo dia da assembleia no vão livre do MASP.
Os policiais militares revistaram, anotaram números de documentos e confiscaram faixas dos manifestantes e tentaram impedir a circulação dos professores, o que inviabilizaria a alimentação e utilização de banheiros. Porém a presidente da Apeoesp, Bebel, junto com deputados do PT e Psol acordaram com o presidente da Alesp, Fernando Capez a saída dos professores em pequenos grupos para jantar.
O deputado Carlos Gianazzi (Psol), em discurso feito no local aos professores fez duras críticas ao governo tucano e a base governista da Casa, afirmando que o PSDB destruiu o magistério e escola pública nos últimos 20 anos. Gianazzi ainda classificou a gestão tucana como um “desgoverno” citando as crises na segurança pública, saúde e abastecimento de água.
A greve dos professores já dura 33 dias e na última sexta-feira foi registrada adesão de 78%. O governador Geraldo Alckimin (PSDB), em recente entrevista, afirmou que o movimento grevista era apenas de professores temporários, entretanto, a afirmação conflita com fato de que os professores temporários, também chamado de “Categoria O”, por não terem estabilidade, têm mais dificuldades de aderir ao movimento do que os professores que efetivos e estáveis.
Com informações de Katia Passo/Jornalistas Livres