Adolescentes destroem brinquedo de escola municipal em Ourinhos
Com a liberação das imagens das câmeras de monitoramento da cidade é que foi possível a identificação dos adolescentes
Juliana Neves
No último sábado, no período da tarde, 31, a escola EMEF Profª Dorothildes Bononi Gonçalves, de Ourinhos, foi invadida por três adolescentes que entraram com a justificativa de brincar no parquinho da escola. Por diversas vezes, a caseira da unidade pediu para que as crianças se retirassem do local.
No domingo de manhã, uma das professoras foi até a escola, pois ela é acostumada frequentar o estabelecimento em dias alternativos para cuidar do projeto “Floresta de Bolso”, e observou que os brinquedos estavam quebrados. Portanto, a caseira e a professora constaram destruição, de modo geral, no parquinho.
Imediatamente, acionaram a responsável legal pela unidade escolar, a diretora Roberta Carrero que procurou pela Secretaria Municipal de Educação. Órgão que orientou a profissional realizar o boletim de ocorrência (B.O), além de fornecer todo suporte necessário diante da situação. Como a ligação para central de monitoramento da cidade, que é um dos sistemas de segurança da escola aliado à alarmes e apoio da Guarda Municipal, para a liberação das imagens das câmeras com o intuito de averiguar quem eram os adolescentes.
As imagens das câmeras foram liberadas com a condição de responsabilidade da diretora e entregues à Polícia Militar no ato da realização do boletim. Então, foi identificado que um deles é aluno do quinto ano da escola e os outros dois são ex alunos.
“Na minha visão, o que leva essas crianças a cometerem essa atitude é por serem pessoas muito soltas, sem os pais estarem acompanhando. Fizeram isso por gracinha, não consigo entender o porquê de quebrar, mas fizeram por graça para se mostrar para os colegas”, opina a diretora.
Após a identificação dos adolescentes, que Roberta avaliou juntamente à uma das coordenadoras da escola, a diretora foi pessoalmente até a casa destes alunos para conversar com os pais e esclarecer o fato. Bem como fez o pedido para os pais tentarem conversar com os filhos e mantê-los em casa para que não houvesse outro episódio de destruição.
Segundo Roberta, “um pai ficou extremamente bravo com os adolescentes, não concordou com a atitude e, infelizmente, os outros pais falaram que pouco podem fazer por não estarem conseguindo dar conta da vida dos filhos. Mas fui muito bem recebida por todos e eu estava presente como função de ser educativa. Também acionei o Conselho Tutelar e estou no aguardo do posicionamento, solicitei acompanhamento dos familiares e dos adolescentes”.
Ainda de acordo com a diretora, ela acredita que a solução para que não haja mais problemas em algum ambiente escolar é preciso conscientizar a sociedade. “É uma conscientização das famílias e da comunidade como um todo, porque acabaram quebrando algo que é deles, das próprias crianças e dos adolescentes. Sendo assim, eu vejo que o caminho é conscientizar, pedir ajuda e apoio da comunidade para que não deixam ninguém entrar no local e destruir a escola, é um trabalho em conjunto. Condição que não posso reclamar, pois possuo uma comunidade muito parceira e presente, e sabendo disso foi a razão para eu postar o ocorrido em meu perfil pessoal de mídia social, pedindo para que as pessoas nos ajudassem a olhar a escola e que ninguém mais tenha a possibilidade de destruir o nosso espaço educacional”, explica Carrero.
Inclusive, o brinquedo que quebraram é o playground enviado pela prefeitura no ano passado, um objeto caro que a escola não teria condição de investir. Por isso, “temos cuidado e zelo muito grande pelo brinquedo, além disso quebraram árvores do nosso projeto que é uma parceria entre a nossa professora e um professor da Unifio”, conta a diretora.
Fotos: divulgação mídia social Roberta Carrero