Ato 3J na Vila Kennedy mostra a insatisfação do trabalhador com o atual Presidente da República

A avaliação é de que o ato em um bairro de periferia foi de maior impacto e por esta razão, a partir de agora, os atos serão realizados no centro de Ourinhos e dentro dos bairros

 

Juliana Neves

 

No último sábado, 03 de julho, Ourinhos presenciou a manifestação a favor de Fora Bolsonaro e Mourão: por emprego, vacina no braço e comida no prato. Impeachment já! realizado no bairro Vila Kennedy. Esta manifestação recebeu o nome de ato 3J e foi produzido com muitas faixas, cartazes, panfletos, colantes, participações em falas no microfone e música de protesto. Além do respeito com o distanciamento social, distribuição de máscara PFF2 e álcool em gel e a presença de mais de 70 pessoas.

Segundo um dos jovens membros da comissão de panfletagem e divulgação e um dos responsáveis da página do Facebook Povo na Rua, Fora Bolsonaro Ourinhos, que terá sua identidade preservada por motivos pessoais, a organização deste ato foi muito além de reuniões. Realizaram votação para definição do 3J ser em um bairro de periferia, para que a luta estivesse onde a classe trabalhadora se encontra.

“A ideia é de variar entre um ato no centro e outro mantermos nos bairros. Sentimos a diferença das pessoas estarem mais dispostas a conversar, ouvir, receber panfletos e demonstraram sua indignação com o governo Bolsonaro-Mourão”, conta o jovem.

Os próximos passos, de médio prazo, é a definição nacional do calendário de lutas de vários atos nacionais pelo Fora Bolsonaro-Mourão, bem como lutas de outras categorias como a paralisação dos servidores públicos contra a Proposta de Emenda à Constituinte (PEC) 32 (Reforma Administrativa), contra a fome-desemprego etc.

“Aliado a isso, após a homologação do calendário nacional, devemos nos reunir localmente, e adequarmos tal calendário para a realidade local. Um outro passo, é fortificarmos pouco a pouco a organização de uma greve geral, isto é, o único instrumento possível para a classe trabalhadora exigir a abertura do impeachment, pela derrubada imediata de Bolsonaro, Mourão e seus aliados por emprego, vacina no braço e comida no prato”, explica o membro da comissão.

Em uma comparação com os atos 29M, 19J e o 3J, o mais impactante foi o 3J por ser uma manifestação diferenciada e por não ser realizada desta maneira há muito tempo na cidade. O responsável pela página no Facebook exclama que “levamos as manifestações para o bairro, descentralizamos, dissemos em um tom uníssono que quem quiser participar de manifestações e não puder ir ao centro poderá participar de ações perto do seu local de moradia. Daremos um basta nesse governo liberal-fascista, genocida, corrupto, inimigo da classe trabalhadora, destruidor da nação, que promove desemprego, fome e carestia”.

Por fim, no próximo dia 13, terça-feira, haverá outra manifestação as privatizações e o Projeto de Lei 490 (PL) no centro do município. PL que determina que as terras indígenas são as ocupadas pelos povos tradicionais em 05 de outubro de 1988 e é necessária a comprovação de posse da terra no dia de promulgação da Constituição Federal. E, ao final do mês, no dia 24, sábado, será um ato nacional de Fora Bolsonaro e Mourão.

Foto: Facebook Povo na Rua, Fora Bolsonaro-Ourinhos

 

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