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Coletivo Enfrente! requer informações sobre queimadas no depósito de galhadas em Ourinhos

Coletivo Enfrente! requer informações sobre queimadas no depósito de galhadas em Ourinhos

O requerimento é em razão dos munícipes que moram próximos ao depósito procurarem pelo coletivo para reclamar das queimadas

 

Juliana Neves

 

Nesta semana, dia 31 de maio, o coletivo Enfrente! divulgou em suas páginas de mídias sociais sobre o requerimento 867/21 que solicita informações sobre as queimadas no depósito de galhadas de Ourinhos. A documentação é em razão da frequência de queimadas que são prejudiciais ao meio ambiente, pois libera CO2 (gás carbônico) e contribui para o aumento do efeito estufa.

Além da queimada ser infração ambiente registrada em Leis e Decretos que regulamentam essa situação. Bem como prejudica a saúde dos munícipes em bairros próximos ao depósito, especialmente o Vila Santos Dumont.

Print do vídeo divulgado pelo coletivo Enfrente! (Foto: Facebook coletivo Enfrente!)

“Muitas pessoas procuraram o mandato Coletivo Enfrente! para denunciar sobre as queimadas no depósito de galhadas em Ourinhos. As reclamações dão conta da fumaça, da fuligem que entra nas casas e da falta de respeito da gestão atual em relação ao meio ambiente. Nossa sugestão é que façam como era feito antes, triturar para transformar em briquete ou em adubo para produzir energia. Estamos na luta em defesa do meio ambiente, mas é preciso compromisso da gestão municipal. No legislativo, nossa função é fiscalizar, assessorar e propor projetos de leis desde que não gere atribuições específicas para a gestão ou investimento orçamentário. Estamos limitados às atribuições do legislativo, que não é de execução, entretanto vamos informar, cobrar, fiscalizar. Nosso mandato está aberto ao diálogo”, explica Roberta Stopa (PT), co-vereadora representante do coletivo.

Na visão de Rafael Cortez, ambientalista e empresário do ramo, o primeiro passo seria que as equipes de manutenção das áreas verdes e das podas de árvores fossem mais capacitadas, porque há muitas podas desnecessárias. Afinal, manutenção não significa poda, além de que muitas podas são realizadas de maneira errada e excessiva com custo operacional alto que gera mais resíduo que o necessário.

“Depois disso, seria muito importante que estes galhos e folhas não fossem queimados, pois eles possuem carbono imobilizado em suas estruturas e a queima deles liberam esse carbono para a atmosfera que contribui com o aquecimento global. Acho que uma solução ecológica seria ter um grande depósito onde esse material pudesse se decompor naturalmente para posterior processamento e utilização como adubo orgânico. A trituração deste material é interessante, mas existe um alto consumo de energia para se fazer isso. Com a trituração o volume ocupado pelas galhadas se reduz. É necessário investimento em estrutura, equipamentos e mão de obra. E o material triturado pode ser utilizado diretamente como cobertura morta na agricultura e em jardins. Ele também poderia ser transformado em composto orgânico para a adubação de solo”, fala Rafael.

Por fim, ainda de acordo com o ambientalista, outra utilização do material triturado seria como combustível para fornos industriais que possuem filtros contra poluentes. E a renda poderia ser revertida para implantação de árvores e reflorestamento e as essências nativas do município.

“Quem coloca fogo nesse material são funcionários da Prefeitura. Mas ninguém assume este ato. Mensalmente ocorre um “incêndio criminoso” no local. É um problema sério que vem se arrastando há décadas”, finaliza o ambientalista.

O Jornal Contratempo tentou o contato com a Secretaria do Meio Ambiente e Agricultura via Secretaria de Comunicação, mas não obtivemos resposta a respeito do tema.

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