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Desprezando oportunidade e vantagens do Novo PAC Lucas Pocay insiste em acabar com SAE

Desprezando oportunidade e vantagens do Novo PAC Lucas Pocay insiste em acabar com SAE

José Luiz Martins  –  Desprezando a grande oportunidade, facilidades e vantagens oferecidas pelo Governo Federal para que o município através do Novo  Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),  invista pesado na infraestrutura  de esgotamento sanitário, resíduos sólidos e abastecimento de água de Ourinhos, Lucas Pocay insiste na concessão da SAE – Superintendência de Água e Esgoto a iniciativa privada.

 

O prazo para que prefeitos enviassem propostas indicando os setores e apresentar projetos no edital do “PAC Seleções” foi aberto em 9 de outubro e terminou  nesta sexta feira 10 de novembro.  O Novo PAC reúne uma carteira de projetos de infraestrutura com ênfase no abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Se essa oportunidade tivesse sido aproveitada pelo prefeito, a própria SAE resolveria o problema saneamento no município principalmente o esgotamento sanitário e,  ampliaria a produção de água tratada com a necessária  melhoraria do sistema e redes de distribuição de água há anos defasadas.

Nesse sentido a Vereadora Roberta Stopa (PT) interpelou  oficialmente o executivo através de requerimento, questionando se a prefeitura aderiu  ao PAC e, em quais setores projetos seriam encaminhados, notadamente na área de saneamento. Não houve resposta.

O prefeito ignorou essa oportunidade de investimentos graúdos do Governo Federal no município, o Decreto Nº 7.816, assinado por Lucas Pocay que autoriza a concessão da SAE foi publicado na edição Diário Oficial do Município de 4ª feira dia 08.

A superintendência é uma empresa pública que não dá prejuízo (arrecada cerca de 45 milhões por ano) e tem mantido  as contas equilibradas nos últimos 7 anos, ao ponto do prefeito querer abocanhar – com apoio dos 12 vereadores de sua “base” – o dinheiro do caixa (superávit) da autarquia. Aliás, quantia equivalente ao déficit  nas contas da PMO mas,  o intento foi barrado na justiça pelo Ministério público esta semana através de uma Ação Cível popular que corre na 3ª Vara de Justiça. O prefeito já avisou que vai recorrer.

Que interesses prevalecem na sanha do prefeito em vender a SAE descartando o PAC para obter recursos e investir no setor de água e esgoto de Ourinhos ?  

A concessão está distante do interesse público, além de elevar a conta de água /esgoto para todos os munícipes, pelo que já foi demonstrado, a entrega da autarquia e terceirização dos serviços não vai ser um bom negócio  para o município; do mais humilde munícipe até os mais abastados, trabalhadores, empresários, industriais, todos vão pagar a conta milionária.

Pois, incrivelmente, para obter um investimento de R$ 211 milhões, conforme minuta do edital de concorrência, a Prefeitura de Ourinhos terá de assumir uma despesa estimada em R$900 milhões nos 35 anos de concessão, parte dessa despesa recentemente assumida com a terceirização da coleta de lixo, antes feita pela SAE.

Fazendo as contas:  699 milhões debitados na conta do povo

Ao extinguir a superintendência o prefeito terá que realocar os cerca de 400 servidores da SAE no funcionalismo da  PMO arcando com folha de pagamento dos funcionários da autarquia, hoje estimada em R$20 milhões por ano; sendo a concessão por 35 anos chega-se a exorbitante quantia de 700 milhões.

Some-se ainda a estratégia que visou abrir caminho para entrega da autarquia retirando o serviço de coleta de lixo da SAE no ano passado, terceirizado por Pocay (sem licitação e que resultou em aumento da tarifa), com o custo atual de 500 mil mensais, a PMO gastará mais 210 milhões com a coleta em 35 anos.

Somando os 210 milhões do serviço de coleta (nova despesa para PMO desde que terceirizou o serviço); mais os 700 milhões da folha de pagamento dos funcionários da SAE a serem transferidos para prefeitura, totaliza-se 910 milhões.

Dos 910 milhões subtrae-se  os R$211 milhões do  investimento previsto da concessionária vencedora da licitação, ressaltando-se que é uma despesa não existente no orçamento da PMO, com a concessão em 35 anos o prejuízo será de 699 milhões aos ourinhenses pagadores de impostos.

O que há por trás desse mal negócio enfiado goela abaixo do povo ourinhense?

Alô !! Comissão de Patrimônio Público e direitos difusos da OAB de Ourinhos.  Alô!! Observatório Social o “guardião das licitações”. Está muito estranho recusar as oportunidades do Programa de Aceleração do Crescimento e endividar o município nas próximas três décadas com a exploração dos serviços essenciais, realizados pela  SAE há mais de 60 anos, por empresa privada.

 

 

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