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Antifascismo já!

Antifascismo já!

Ser antifascista é negar toda forma de poder que não aceita ser questionada. É combater a ideia de uma nação acima de todas, ou de um povo “purificado” e obediente a um líder genocida. O antifascismo combate a concepção de que uma raça ou povo seja superior ao outro.

As posições preconceituosas do nazifascismo produziram genocídios ao longo da História. O mais conhecido é o Holocausto. Infelizmente, o século XX viu, e essas duas décadas de século XXI continuam a ver, o massacre de povos e etnias, não somente em guerras, mas também através da violência das forças policiais, do descaso de governos com os pobres, do capitalismo que nega acesso a comida, trabalho, moradia e transporte.

Ser antifascista é lutar pela própria sobrevivência. Como se já não fosse suficiente o governo dos Bolsonaros atacar os direitos trabalhistas, a proteção às minorias, a Educação e o caráter laico do Estado, temos agora que fazer frente ao desprezo puro e simples pela vida da população brasileira. Sofremos com uma pandemia que mata mil pessoas por dia e vemos o aparato estatal, do qual se esperava uma resposta à altura, desgovernado. Não há a mínima preocupação com as famílias sendo dizimadas pela doença. Vemos um Presidente que apenas quer dificultar investigações à sua família e amigos. Seus apoiadores negam evidências científicas, repudiando órgãos internacionais e abandonando o simples bom senso, exigindo a abertura total do comércio e a volta à normalidade.

Não há mais normalidade. Não dá mais para pensar em conciliação ou diálogo. A população pobre, que já morria pela violência, agora morre pela pandemia, pois não pode parar de trabalhar. O pequeno comerciante vê seu ganha-pão minguar: não há auxílio ou crédito adequado para socorrê-lo no momento. Estudantes, autônomos, agricultores, artistas, artesãos, todo o povo trabalhador à mercê de um auxílio irrisório, com o monstro do desemprego batendo à porta. Todos obrigados a trabalhar para alimentar a cobiça de gente que quer manter seus carrões e suas viagens para Miami. Para o governo Bolsonaro, em primeiro lugar vem os bancos e os interesses de meia dúzia de patrões. Tudo isso acompanhado de palavras, gestos, símbolos e atitudes que deixam cada vez mais nítido que sim, estamos sob o governo de um fascista.

Ser antifascista é urgente. Precisamos defender a igualdade radicada na mais profunda convicção de que somos iguais e que o lucro e a posse não podem estar acima do direito fundamental de viver. Não podemos permitir que uma vida mais se perca devido a sede de poder e de dinheiro de um grupo que não representa a maioria de nós.

 

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