Cervejas escuras: bem vindo ao mundo das Stouts e Porters
A coloração da cerveja – medida pela unidade SRM (Standard Reference Method) – é determinada por um processo que nós brasileiros conhecemos bem: a torrefação do grão. O mesmo processo que fazemos com o café é feito ao grão do malte dando a ela não só a coloração mais escura, como fornecendo notas de chocolate amargo, caramelo e café. Cervejas claras como as Pilsens e IPAs, que já discutimos nas colunas anteriores, não usam grãos torrados. Já cervejas de coloração avermelhada-âmbar possuem grãos tostados, destacando o caramelo.
Ok, você chegou no mercado. Como escolher? Muitos confundem os estilos porter e stout. Não se culpe, é normal. As porters surgiram no século XVIII nas docas inglesas em referência aos estivadores que trabalhavam nos navios. No século seguinte uma nova receita surge, mais forte devido a menor quantidade de água usada, formando uma cerveja bem mais robusta chamada stout. Entre as que trazem um coice mais forte temos as RIS “Russian Imperial Stouts”, mais encorpadas e alcoólicas, chegando aos 12%ABV. Experimente também as Oatmeal stouts feitas com malte de aveia e as sweet stouts, com chocolate. Harmoniza perfeitamente com pratos doces, em especial aqueles a base de chocolate.
Referencias mundiais: Fuller’s Black Cab Stout; Young’s Double Chocolate Stout; Anchor Porter; Guiness Dry Stout;
Dicas nacionais: Tupiniquim Monjolo Imperial Porter; Wals Petroleum Imperial Porter; Colorado Demoiselle; Klein Estivadora Porter; Cevada Pura Oatmeal Stout;