Como apreciar a cerveja artesanal?
Não gosto de cerveja artesanal …é muito amarga! Cerveja artesanal é muito forte! Frases como essas são comuns para aqueles que estão começando a conhecer um mundo cheio de nomes diferentes como American Pale Ale, Schwarzbier, dry-hopping, brasagem, lager, ale, lambic etc. Aqui vamos começar a descobrir aos poucos o universo de aromas, cores e sabores que a cerveja artesanal oferece.
A cerveja é uma combinação perfeita entre quatro ingredientes básicos. O malte – que fornece os açúcares; a água; o lúpulo – ator responsável pelo amargor, pelo aroma frutado, cítrico, entre outros; e, por último, a levedura – pequenas bactérias responsáveis pela fermentação da cerveja. Ao juntarmos os quatro podemos criar uma variedade praticamente infinita de estilos.
Que tal começarmos com as autênticas pilsners? Oficialmente o estilo surge em 1845 na República Tcheca. Oferece uma coloração dourada luminosa, uma espuma cremosa e o uso tradicional de lúpulo Saaz que oferece um aroma cítrico bem gostoso. Tome-a gelada. Aproveite a refrescância dos primeiros goles e não tenha medo de deixar sua cerveja esquentar. O leve aumento de temperatura não vai estragar a cerveja. Pelo contrário, ele vai liberar mais aromas e sabores que você não sentiu nos primeiros goles. Aproveite-a com calma. Ela vai te surpreender.
Marcas tradicionais: Pilsner Urquell (República Tcheca); 1795 (República Tcheca); Budweiser Budvar (República Tcheca); Chezvar (República Tcheca);
Opções nacionais: Wäls Bohemian Pilsner (Brasil); Eisenbahn Pilsen (Brasil); Pilsen (Uruguai);
Eduardo Devai é professor de Geografia e sócio-proprietário na loja Kazebre Beer. O gosto pela cerveja artesanal se une ao gosto pelo local e pelo global.
