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Desse amor eu quero para sempre

Desse amor eu quero para sempre

Esta semana na vossa crônica vamos falar somente de temas alegres, bonitos, para darmos uma relaxada em tudo que de ruim nos rodeia.

Lembram de eu ter escrito sobre o grupo de amigos de Iaras, que começou via Whatsapp, o Fiscalização Direta?. Pois bem, o grupo criado pela Helenice, pela Solange, pela Severiana, pela Juliana e pelo Chico Silva resolveu realizar uma ação social homenageando o Dia das Mães. A iniciativa acabou sendo um sucesso já que atingiu mais de 1.100 comentários. Sortearam um total de 39 prémios, tais como Kits de maquiagem, Lingerie, vales de compras, enfim uma panóplia de produtos oferecidos por pessoas e empresas que se associaram a tal evento e fizeram com que atingisse o seu objetivo, ajudar as pessoas a esquecer a pandemia e poder respirar um pouco de alívio com alguns dos produtos sorteados. Empatia, altruísmo e amor ao próximo cada dia que passa escasseiam em nossas vidas, mas uma iniciativa destas nos restaura a fé no ser humano, na humanidade e no futuro. Organizar um sorteio desta dimensão dá muito trabalho, precisa de muita logística, mas onde se coloca amor no que se faz é muito simples e fácil de realizar e atingir seu propósito.

Poderia ter escrito sobre tanta coisa má, ruim que se passou esta semana no mundo, em Ourinhos, mas entendi por bem que hoje, no momento em que estão lendo estas linhas escritas por mim, receberiam uma lufada de ar fresco no rosto e cabelo, sentiriam um pouco de calmaria no coração. Não iriam ler coisas tristes, não iriam passar raiva, antes sentir todo o afeto de eventos que mudam a vida de outras pessoas, nem que seja por uma fração de segundos.

Uma ação social, na Sociologia, nada mais é que um conceito motivado pela comunicação na sociedade, que tem como objetivo principal uma intenção, orientada para o outro (alter). Exemplo disso mesmo é o ato de escrever, nem que eu tenha somente um leitor praticarei ação social, porque a arte de escrita envolve outra pessoa.

Pois bem, o Fiscalização Direta conseguiu atingir o seu fm, mas não foi somente para outro, foi para outros, nada mais que 1.100, acredito que tenham sido mais pessoas, mas fiquemos pelo número de comentários na postagem do grupo. Sinal de resistência contra o mal no mundo, que devemos engrandecer e nunca menosprezar. Faço a devida vénia ao grupo por tamanha façanha.

Enaltecendo a façanha, relembrar uma família de onça-pintada com dois filhotes resgatada em solo brasileiro, foi solta no nordeste Argentino por forma a reconstruir a fauna da região. Há 70 anos os felinos eram considerados extintos na região argentina, agora esta família vai-se juntar a outra família de onças, anteriormente reintroduzidas na reserva do Parque Iberá. O retorno da espécie nos funcionamentos dos ecossistemas, contribui para reverter a crise de extinção, ao mesmo tempo que ajuda a sequestrar dióxido de carbono para conter o aquecimento global e evitar o surgimento de novas pandemias, conforme relatou Sebastián Di Martino, diretor de conservação da Rewilding Argentina, à agência France Press. Sinal claro de que ainda temos quem defenda a Natureza e lute pela manutenção da mesma e de todo meio envolvente.

Falando em envolvência, não posso deixar passar em branco o circo Ruela Companhia, um grupo de teatro e circo nascido em 2017. Nesta altura de pandemia, sem perigo de exposição para os seus integrantes e seu público, criaram formas de fazer teatro e circo, criaram o circo sobre rodas. Em dezembro foi uma forma de levarem alegria circulando pelas ruas, em bairros de Guarulhos, na Grande São Paulo, em cima de uma van, levando inclusive as pessoas a consciencialização para o uso de máscaras e o distanciamento social.

Saliento o projeto indígena que leva alimentos e informação para aldeias Huni Kui, também eles afetados pela pandemia. O isolamento de muitas comunidades, mesmo próximas das Cidades, o que prejudicou diretamente a segurança alimentar, a aquisição de alimentos, água potável, entre outras coisas. O projeto atende 116 aldeias e mais de 116,5 mil indígenas Huni Kui.

Como podemos verificar é muito fácil trazer notícias alegres, simples, refrescantes. Esta semana resolvi mudar um pouco o foco, já que a injustiça que assisto à minha volta, está a destruir-me por dentro, estou cansado do mundo que me rodeia, não canso de ler, de ver coisas tristes, ruins, assustadoras.

Achei que estava na hora de dar uma pausa, de limpar um pouco a mente das tragédias que nos assolam diariamente.

Não vou escrever muito porque quero deixar-vos com as lembranças de 4 fatos que nos passaram ao lado, mas que convém sempre enaltecer e elogiar. Quem me dera trazer-vos todas as semanas crônicas destas, mas não dá porque tem sempre alguma injustiça, alguma má notícia para relatar.

Quero deixar-vos com uma frase de Bernardo Guimarães:

” Os meus braços estão presos,

A ninguém posso abraçar,

Nem meus lábios, nem meus olhos

Não podem de amor falar;

Deu-me Deus um coração

Somente para penar.”

Pedro Saldida

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