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SUS, o bastião civilizatório do Brasil

SUS, o bastião civilizatório do Brasil

Por Jefferson Correia Lima

Drauzio Varela definiu brilhantemente a existência do SUS: “É o SUS ou barbarie”

O SUS é a magnífica construção dos setores progressistas na Assembleia Nacional Constituinte, que após, tornaria-se a Constituição de 1988.

Menciona-se na Constituição de 88 que a “saúde é dever do Estado e direito de todos”. Soa como um intento de conceder dignidade ao povo brasileiro, sobretudo às camadas vulneráveis da população.

Antes do SUS, os pobres dependiam da benemerência das Santas Casas, o Estado era desincumbido de atender os desempregados e todos aqueles sem vínculo empregatício.
O SUS, atualmente, é referência mundial. Elogiadíssimo sob o aspecto do sanitarismo e da epidemiologia.

A alta complexidade da medicina coloca o SUS na sua excelência. O câncer e doenças graves são tratadas no setor público.

Necessário frisar que o complexo sistema de transplantes é controlado pelo SUS.

A título de exemplo, em caso de acidente automobilístico, não se indaga se a vítima tem convênio, atende-se pelo Samu.

O SUS promove, além das questões hospitalares, o serviço de vigilância sanitária onde-se controla a qualidade da água que consumimos e até mesmo a higiene e segurança de refinados restaurantes.

Notório que o SUS tem deficiências. E como todo sistema complexo merece aprimoramento.

No entanto, a grande deficiência está no deliberado subfinanciamento.

As elites desprezam o SUS pelo fato de que são atendidas pela rede privada de saúde. Diante de sua gênese escravocrata não se sensibilizam com um sistema de saúde universal, justamente, por absoluto desprezo aos vulneráveis.

A pandemia mostrou ao País o fundamental ,importantíssimo, indispensável e irrenunciável papel do SUS.

O SUS, mesmo martirizado por aqueles que pretendem aniquilá-lo, é heroico no combate à pandemia. E ainda há que se considerar que o chefe do Executivo se comporta como um adolescente irresponsável.

A pandemia no coronavírus tornou-se o sacrifício imposto a atual geração, o que, porém, pode acender o sentimento na sociedade de defesa do SUS.

O andar de cima tem o dever de solidariedade de financiar o SUS.

O SUS mesmo apunhalado por setores reacionários da sociedade que pretendem a privatização do serviço e colocar a saúde como atividade lucrativa , mostrou-se na pandemia em um robusto e valente sistema de saúde.

Se não fosse o SUS teríamos uma pilhagem de mortos, pois não teriam a atenção do sistema público-universal.

É dever de todo brasileiro e brasileira lutar pelo SUS!

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