Ourinhos mantem abertura do comércio até às 22h em dezembro
O posicionamento da ACEO e da Prefeitura Municipal é de não alteração de planejamentos
Juliana Neves
Na última segunda-feira, 30, o governador João Doria fez pronunciamento sobre a classificação dos municípios de acordo com o Plano São Paulo. Sendo assim, todo o mapa do estado encontra-se na cor amarela. Algumas regiões já estavam nesta fase há algum tempo, mas o número crescente de casos de Covid-19 é preocupante, e esta é a razão da determinação estadual.
Na teoria, todas as cidades deveriam seguir à risca as regras da fase amarela. É a cor que consiste em ocupação máxima limitada a 40% da capacidade do local, horário reduzido para dez horas, praças de alimentação (ao ar livre ou em áreas arejadas), adoção dos protocolos geral e setorial específico para shopping centers.
Ocupação máxima limitada a 40% da capacidade do local, horário reduzido para dez horas, adoção dos protocolos geral e setorial específico para o comércio, serviços e salões de beleza e barbearias.
Para restaurantes, bares e similares as regras é somente ao ar livre ou em áreas arejadas, ocupação máxima limitada a 40% da capacidade do local, horário reduzido para dez horas, consumo local até 17h00, consumo local até as 22h00 (se a região estiver a ao menos 14 dias seguidos na fase amarela), adoção dos protocolos padrões e setoriais específicos.
As academias de todas as modalidades esportivas e centros de ginásticas devem respeitar ocupação máxima limitada a 30% da capacidade do local, horário para dez horas, agendamento prévio com hora marcada, permissão apenas de aulas e práticas individuais- mantendo-se as aulas e práticas em grupo suspensas, adoção dos protocolos geral e setorial específico.
Eventos, convenções e atividades culturais é permitido após a região ficar ao menos 28 dias consecutivos na fase amarela (apenas caso a região tenha avançado das fases laranja ou vermelha), ocupação máxima limitada a 40% da capacidade do local, obrigação de controle de acesso, hora marcada e assentos marcados, venda de ingressos de eventos culturais em bilheterias físicas ou digitais, desde que respeitados protocolos sanitários e de distanciamento, assentos e filas respeitando distanciamento mínimo, proibição de atividades com público em pé, adoção dos protocolos geral e setorial específico.
Por fim, a última informação da fase amarela, segundo o site oficial do Governo de São Paulo, é para qualquer outra atividade de aglomeração com uma única regra: não permitida.
Em contrapartida a estas regras descritas acima, para cada setor, a Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos (ACEO) anunciou o calendário de dezembro para o comércio, afirmando que a partir do dia 14 até o dia 23 as lojas estarão abertas até às 22h00. Incluindo dois domingos com horário reduzido, com início às 09h00 até às 17h00.
Apesar de Ourinhos estar em uma lista estadual de 62 municípios que serão convocados para uma reunião com o governador. O motivo é por serem cidades classificadas em estado de atenção em razão do aumento do número de casos de covid-19 e de mortes, com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) trabalhando com 100% de sua capacidade.
“A Associação vai manter a atividade conforme o calendário e vamos buscar conversação com o poder público se houver alguma alteração. Sempre defendemos o isolamento vertical, que são pessoas saudáveis trabalhando e as pessoas do grupo de risco com restrição maior para sair de casa. Pois, nós não podemos separar a atividade econômica da vida, precisamos trabalhar nossas recomendações para que todos os comerciantes e lojistas mantenham as normas que estão em vigência aplicados pelo Comitê Gestor do Covid-19 em todo estado de São Paulo”, explica Robson Martuchi, presidente da ACEO.
O presidente ainda acrescenta que na última semana de novembro, época de Black Friday, o maior registro fora de compras on-line e não em lojas físicas. Isto é, queda no faturamento do estabelecimento físico.
Portanto, “nós precisamos estimular o comércio a se manter aberto para manter emprego e empresas ativas, temos que tomar muito cuidado em estar assustando as pessoas com essa pandemia e fazendo com que a atividade comercial se enfraqueça e pessoas perdem emprego. E o governo não tem mais recurso para bancar ajuda para as pessoas, nós temos que trabalhar, produzir e, ao mesmo tempo, cuidar da nossa saúde, da nossa família, dos nossos amigos através dos cuidados básicos”, fala Robson.
Ademais, também procuramos pela Prefeitura Municipal para saber o posicionamento do órgão em relação a este pronunciamento do governo estadual. Para sabermos se há previsão de alguma alteração nas atividades do município. Sendo assim, o Secretário de Comunicação, Felipe Chamorro, nos informou que “não faremos divulgação antecipada à imprensa, mantidas as regras ou não será feita publicação no Diário Oficial”.
Imagem destaque: site Governo do Estado de São Paulo