Suspeitos de envolvimento no assassinato de Valdir são detidos

Ação foi realizada pela DIG – Delegacia de Investigações Gerais e prendeu todos os participantes do crime

Valdir Vitor da Silva foi vítima de um assassinato no dia 11 de agosto, numa segunda-feira. O engenheiro estava com sua esposa quando foram abordados por um grupo bem próximo à sua casa. Na abordagem sua esposa foi rendida por um dos suspeitos, enquanto Valdir, que reagiu ao assalto, logo foi alvejado por um dos homens do grupo.

Segundo o delegado da DIG, Dr. João Beffa, participaram da ação sete homens. Na abordagem estavam cinco deles em um carro Golf de cor preta com rodas de liga leve – este fato foi imprescindível para encontrar os suspeitos, já que para tentar descaracterizar o veículo, as rodas foram vendidas e logo depois identificadas pelas autoridades.

Os outros dois suspeitos que participaram da ação estavam num carro Fiesta, estacionado na Praça dos Skatistas, apenas a espera da ação ser finalizada, para que os pertences roubados das vítimas pudessem ser transferidos e, assim, “livrar” o Golf da cena do crime e de um possível flagrante.

Depoimento decisivo explica a ação dos suspeitos

Um dos envolvidos no caso é menor de idade. O jovem afirma que não estava nos planos do grupo o assassinato de Valdir, a intenção era render o casal, levá-los para dentro de casa e roubar todo o dinheiro e pertences que estivessem ali. Porém, com a reação do engenheiro ao assalto, houve um disparo efetuado por Alysson Fernando Lopes, 21 anos, o suspeito de abordar diretamente a vítima. Nesse momento, ainda segundo o menor – que rendia a esposa – cada um correu para um lado, com medo da chegada da polícia o grupo acabou se dispersando.

Ele ainda explica que as duas armas usadas no crime foram alugadas. Uma se perdeu no meio da confusão e a outra foi devolvida para o dono, o qual não revelou a identidade. O crime foi caracterizado como latrocínio.

O Delegado Beffa ressalta que várias falhas os entregaram como suspeitos do crime. Alysson, por exemplo, é visto na câmera de segurança da Lotérica que fica na Avenida Conselheiro Rodrigues Alves usando um casaco, este item que na realidade pertencia aos outros dois integrantes do grupo que aguardavam na praça. Além disso, durante o embate entre ele e Valdir, o celular foi deixado para traz, facilitando a identificação do rapaz e dos outros envolvidos.

O plano do grupo

O delegado João Beffa destaca que o grupo já foi encaminhado a prisão será incriminado por latrocínio, associação criminosa e corrupção de menores. Dentre os suspeitos estão Alysson Fernando Lopes (21 anos), Rodolfo Bueno Barbosa Junior (26 anos), Ramon Corrêa (19 anos), Paulo Ricioni (39 anos), os irmãos Vitor Henrique Baroni e Hector Gustavo Baroni, além da presença do menor, com 17 anos na época – ele atingiu a maioridade duas semanas após o assassinato, porém não foi preso, apenas conduzido para depoimento coercitivamente através de mandado judicial.

Os suspeitos elaboraram um plano para abordar o casal. A estratégia seria separar o grupo em dois carros, um que iria render e roubar as vítimas e o outro que ficaria a espreita apenas aguardando o final da ação, para que os pertences do casal fossem desovados ali. No carro que abordou Valdir e sua esposa estavam Alyson, Ramon, Rodolfo, Paulo – que dirigia o veículo – e o menor, que rendeu a esposa.

Quando os outros suspeitos perceberam que Alysson atirou em Valdir, o plano foi por água abaixo e cada um fugiu da forma como podia. Além disso, os irmãos que aguardavam na praça foram avisados da falha e da fatalidade contra o engenheiro e, então, estes também fugiram, além de destruírem o celular.