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Grupo Tons Afro vence Festival Afro Unidad na categoria de melhor obra musical

Grupo Tons Afro vence Festival Afro Unidad na categoria de melhor obra musical

“Do Bulbo ao Coração” foi o trabalho inscrito e ganhador do prêmio por unanimidade

 

Juliana Neves

 

Ourinhos é privilegiado em possuir o grupo Tons Afro que é um encontro de quatro mulheres negras com histórias e vivências pessoais diferentes. Utilizam da ancestralidade para criarem a união e resistência para enaltecer a cultura negra. Essas mulheres são Andreisy Michelle Natel de Camargo, arteira autônoma, Jessica Prado dos Santos, gerente de vendas e musicista, Vanessa Monteiro, trancista-cabeleireira-maquiadora e musicista, e Vanessa Gomes de Paula, professora da rede estadual e musicista.

Tons Afro nasceu em 2015, com o intuito inicial de trazer a realidade da cultura negra para o interior com composições e interpretações que pudessem representar, de fato, a cultura negra. Principalmente em relação ao protagonismo da mulher negra. Portanto, as quatro mulheres se sentem realizadas com a atuação e conquistas do Tons Afro. Afinal, estão colhendo resultados positivos.

“Andreisy Natel: fazer parte dessa família é como sentir um chamado para resgatar meu sentido nessa dimensão, uma conexão inexplicável. Agradeço o aprendizado em cada vivência. Jessica Santos: ser da família Tons me faz me encontrar comigo mesma, sentir nossas raízes pulsarem. E a cada vivência ter uma explosão de sentimentos e sensações, que me faz acreditar ainda mais na importância e força de estarmos unidas! Vanessa Monteiro: cada trabalho que faço com Tons é um reencontro com minha ancestralidade, esse em específico tem um significado ainda maior por ter a participação especial do meu filho. Saber que quando ele crescer vai assistir e ver que fez parte de um projeto que deixou sua marca, em uma época como essa que estamos vivendo é para além de especial. Vanessa Gomes: fazer parte de Tons Afro é algo que preenche meu coração, cada vivência é uma aprendizagem que eu nem consigo mensurar. A música nos permitiu isso, poder representar nossos ancestrais, aquilo que nos faz sentido e criar nossa irmandade tão especial”, conta as mulheres do Tons Afro.

Recentemente, o grupo Tons Afro participou do Festival Afro Unidad que é um movimento de conexão cultural com o objetivo de criar parcerias com organizações e artistas ao redor do mundo, e o foco é a disseminação da cultura afrodescendente. As meninas souberam do festival no último dia de inscrição do evento e resolveram arriscar inscrevendo o trabalho chamado “Do Bulbo ao Coração” e venceram.

“O Festival aconteceu de forma on-line contou com a participação de diversos países: Colômbia, Panamá, EUA, Argentina, Brasil, Peru, Jamaica, Nigéria, África do Sul, Trinidad, Tobago, Equador, Cuba e Tanzânia. Nas suas diversas categorias (dança, filme, artes visuais, música, fashion moda), e o Tons Afro ganhou na categoria melhor obra musical. Nós enviamos nosso último trabalho “Do Bulbo ao Coração “que teve a direção e produção de Vinícius Portela, produção de áudio Grilo Motta, coreografias de Jhonatas Rosa e Felipe Cardoso, os músicos Renan Monteiro, Marcos Bertoldo, Felipe Ciasca, Mateus Serafim, o intérprete cênico Marcelo Malf, e convidados especiais. Nosso trabalho foi avaliado pela organização do evento em Los Angeles e mais dois avaliadores de países diferentes, ganhando por unanimidade. Receber essa notícia foi uma alegria gigantesca, saber que nosso trabalho está ganhando mais espaço, fez transbordar o sentimento de gratidão pela equipe incrível que oportunizou essa conquista”, conta Vanessa Gomes.

Post de divulgação dos vencedores em cada categoria do Festival (Foto: arquivo pessoal)

Sendo assim, este prêmio significa que o Tons Afro está no caminho certo, atraindo visibilidade e contribuindo para dar voz a elas, as artistas do projeto. Além de reafirmar que no interior há trabalhos culturais de qualidade e maravilhosos.

Por fim, Vanessa conta que “para o futuro, queremos conquistar mais espaços através da nossa arte, partilhar saberes e vivências com os nossos, criar pontes para que possamos alimentar nossa cultura”.

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