UNESP: Ourinhos ficará na lista de espera?
por Edmilson Soares
Tramita na Alesp o PL 1329/15, de autoria do Deputado Estadual Mauro Bragato (PSDB), que dispõe sobre a criação e instalação de um Instituto de Geologia e Meio Ambiente na Unesp de Assis, com os cursos de Geologia e Engenharia Ambiental.
Falta lógica para a instalação desse novo instituto em Assis. A Unesp Assis é um campus consolidado, que oferece 5 cursos de graduação. O curso de Geografia do Campus de Ourinhos já conta com diversos docentes do ramo da Geologia e da Engenharia Ambiental que poderiam ministrar aulas nesses dois novos cursos.
Aliás, esses três cursos juntos, mais Arqueologia – o eterno segundo curso que teima em não sair do papel – teriam o potencial para fazer de Ourinhos um polo das Geociências, além, é claro, de abrir a possibilidade de se compor um quadro de professores para uma pós-graduação scricto sensu (mestrado e doutorado).
O próprio curso de Geografia se beneficiaria. A Geografia é uma ciência interdisciplinar que tem capacidade de dialogar com vários ramos do conhecimento, colaborando com diferentes olhares e múltiplos conceitos. Manter um curso de Geografia isolado não é só um erro do ponto de vista da administração da universidade, mas também um prejuízo à formação do conhecimento.
E mais: a instalação de um Instituto de Geologia e Meio Ambiente em Ourinhos é também um fator de consolidação. Ou alguém duvida, especialmente com a crise que vivem as universidades paulistas, que se esse instituto for mesmo para Assis, mais dia ou menos dia a Unesp Ourinhos fechará suas portas e será integrada ao Campus de Assis, levando com ela todo retorno social e econômico que seus quase 300 alunos, além de funcionários e professores trazem à cidade? Basta lembrar que o Campus de Ourinhos leva o nome de “experimental”.
Ourinhos não pode mais ficar na lista de espera. São 13 anos de Unesp em Ourinhos. São 13 anos esperando a consolidação…