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Proprietária de academia em Ourinhos fala sobre os desafios de ser uma mulher empresária

Proprietária de academia em Ourinhos fala sobre os desafios de ser uma mulher empresária

As pessoas ainda buscam por padrões dentro de uma academia e não por benefícios à saúde

 

Juliana Neves

 

Gabriela Campiom de Oliveira Basseto, educadora física e empresária, é mais conhecida em Ourinhos como Gabi, é amante do esporte, respira atividade física e se considera louca pelo mundo fitness. Além de ser professora, estudante, mãe e esposa que concilia suas atividades do cotidiano a rotina de empreendedora de uma academia.

Desde quando era criança, Gabriela era apaixonada no esporte e foi um sentimento que cresceu com o aumento do tempo. E foi por causa deste amor que decidiu cursas Educação Física. “Na graduação, eu me apaixonei por todas as vertentes que a educação física proporciona. Desde os cuidados com a saúde, reabilitação e qualidade de vida até o treinamento para performance de alto nível”, explica a jovem.

Foto: arquivo pessoal

A vida sempre nos surpreende e quando menos esperava o empreendedorismo entrou em sua vida. Tudo começou em uma fase muito difícil, o esposo estava com problemas de saúde e tinha uma filha pequena. A resolução para que a vida melhorasse foi abrir uma academia, para proporcionar um futuro melhor para a família e realizar um sonho profissional.

“Ser empreendedora é administrar, cuidar, olhar e inovar todos os dias. Oferecer um serviço de qualidade, conquistar e fidelizar o cliente. Na minha área, tem muitas dificuldades pela falta de reconhecimento das pessoas, mas isso já vem mudando aos poucos. Academia é um ramo que tem muita concorrência, então você tem que buscar o diferencial sempre. E amo minha cidade, gosto de trabalhar aqui, gosto das pessoas e vejo um potencial enorme no ramo fitness”, conta Gabriela.

Mas, mesmo assim, há uma dificuldade no ramo do empreendedorismo em uma academia, o fato de ser uma mulher empresária. As pessoas ainda têm o pensamento de uma imagem masculina como proprietário de academia que seja alguém musculoso.

De acordo com a Gabi, quando atende algum homem que irá começar o treino em seu estabelecimento, a primeira reação é de receio em relação a ela. “Suspeitam da minha capacidade e me questionam. Mas em apenas um dia de treino, eu altero todo esse conceito e acabo fidelizando meus clientes. Acredito que este preconceito já me fez perder alguma oportunidade, porque as pessoas ainda estão presas a certos padrões quando se trata de academia. E na minha academia somos em três mulheres e um homem, diferente do tradicional”, admite Gabriela.

Apesar das situações ruins, Gabriela se considera uma pessoa firme e forte em continuar o seu trabalho com muito amor, responsabilidade e de respeito com todos as pessoas. Bem como está sempre disposta a ajudar quem for preciso na sua academia. E, por isso, acredita que as pessoas deveriam buscar por um local de atendimento com qualidade, onde se sente acolhido e confortável para cuidar da saúde, do corpo e da mente. Sem buscar por padrões, somente por benefícios.

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