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Sindicalistas e trabalhadores do setor público e privado promovem ato em Marília contra reforma da Previdência

Sindicalistas e trabalhadores do setor público e privado promovem ato em Marília contra reforma da Previdência

Na quinta-feira, 11, estiveram reunidos no Alves Hotel, em Marília, dezenas de representantes sindicais e associativos de categorias do serviço público e da iniciativa privada para discutir a proposta de reforma da Previdência.
Na oportunidade, os representantes discutiram as questões colocadas na referida proposta e os graves prejuízos que traz aos trabalhadores privados e públicos de todas as esferas de governo.
Os participantes ostentaram cartazes com as fotos dos deputados federais que votaram na comissão da reforma previdenciária contrariamente aos interesses dos trabalhadores. Nos cartazes, além das fotos, estava o termo – TRAIDOR – em especial os dos deputados do estado de São Paulo: Evandro Gussi – PV, Ricardo Trípoli – PSDB e Vinicius Carvalho – PRB. Diversos outros cartazes foram exibidos mostrando o descontentamento dos trabalhadores com a reforma proposta pelo executivo.
Durante o evento também foram divulgados os endereços eletrônicos para que os trabalhadores participem da campanha contra os termos desta proposta de reforma: malditareforma@yahoo.com  e malditareforma@gmail.com.
Em todos os pronunciamentos foram levantados diversos pontos de contradição e discordância dos trabalhadores em relação à proposta e o contexto em que está sendo apresentada, dentre os quais se destacam os seguintes:

-Não ouviu a classe trabalhadora. A proposta está sendo imposta aos trabalhadores sem ouvi-los, sem discutir alternativas de manutenção dos direitos e das justas expectativas de direito.  

-No setor público já existe uma transição entre as regras anteriores e as atuais.  Rompe-se assim as expectativas de cumprimento dos acordos firmados entre Estado e os trabalhadores desse setor, quando da última reforma, que já tinha elevado a idade mínima para a aposentadoria.

-As regras impostas aos trabalhadores em geral e, em especial, aos trabalhadores menos qualificados chegam a ser desumanas, pois tornam a aposentadoria quase impossível. Isso, além de reduzir consideravelmente seus rendimentos.

-A mudança das regras das pensões é perversa. Deixa a situação dos familiares de trabalhadores falecidos extremamente difícil.  Reduz drasticamente seus proventos, num verdadeiro enriquecimento sem causa por parte do Estado.
-Expõe os trabalhadores aos riscos de mercado, abrindo os fundos de pensão aos interesses das instituições financeiras, as quais são as únicas beneficiárias deste desmonte da previdência pública.

-Questiona-se os supostos déficits nas contas dos regimes previdenciários e as formas de equacionar seu financiamento. Joga-se o ônus para os trabalhadores sem antes cobrar os devedores e combater as benesses oferecidas ao capital com dinheiro público sem contrapartidas sociais.

Dentre os que falaram sobre o tema, estavam o presidente da Apeoesp em Marília, Juvenal de Aguiar, o presidente do sindicato dos Metalúrgicos em Marília, Irton Siqueira Torres e o presidente da delegacia sindical dos Auditores da Receita Federal, Luiz Benedito, dentre outros.

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