Liberdade, Liberdade.

ARTE, MOEDA FORTE

Por João Teixeira

O Prêmio Camões recebido em Lisboa pelo compositor e escritor Francisco Buarque de Holanda, o consagrado autor do discurso redentor que lavou a alma nacional em terras d’além mar, não é inédito.
Em diversas oportunidades, em várias épocas, músicos, novelistas e dramaturgos brasileiros foram rececionados com brilho e aplausos pelo mundo intelectual e artístico português.
A peça de teatro Liberdade Liberdade, que inaugurou o teatro libertário no Brasil militar, foi uma obra de muito sucesso em Lisboa.

Liberdade, Liberdade
A histórica peça, de Millor Fernandes e Flávio Rangel, estreou no Rio em 21 de abril de 1965, dia de Tiradentes, com Paulo Autran, Thereza Rachel, Vianinha e Nara Leão no elenco.
Teve sucesso estrondoso de público e crítica.
A versão portuguesa, adaptada por Luís Francisco Rebello e Hélder Costa, tal como sucedera no Rio, foi montada logo após a Revolução dos Cravos.
Sua estréia deu-se em 27 de agosto de 1974, há 49 anos, com direção musical de José Mário Branco, no Teatro Villaret.
Também ficou em cartaz muitos meses, relata-nos Luís Felipe de Lima no Face Book, sobre seu pai, Luís de Lima, que dirigiu a histórica peça em Lisboa.

Após muitos problemas com a censura, a peça estreou com uma montagem de textos e canções sobre o tema ‘liberdade’, numa clara alusão ao autoritarismo implantado no Brasil em 1964.
Diversos contextos de falta de liberdade são abordados por Millor e Rangel, desde os autores da Antiguidade, no contexto das revoluções liberais, e sob diversos regimes políticos, no século 20.

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