Ourinhos é o berço musical do jovem André Gustavo

Conheça a história do músico ourinhense que é repleta de dificuldades e conquistas

 

Juliana Neves

André Gustavo é um jovem músico ourinhense, 19, que já trabalha como profissional da área. Sua maior característica é ser eclético, porque transita por diversos ritmos e gêneros, como jazz, música popular brasileira (MPB), blues, caipira, folk, pop, rock etc. Além da música instrumental com projetos em destaque do MPB e jazz ou em cerimonial, a vertente que mais vem ganhando destaque no mercado da música.

O jovem também está desenvolvendo um projeto com foco em MPB, com destaque na canção em parceria com cantores e cantoras da região. E é professor de música particular, lecionando aulas de violão e guitarra.

A música sempre esteve presente na vida de André. O “culpado” é seu pai que era maestro de orquestra da igreja e professor de música do mesmo local. “Desde pequeno sempre frequentava os ensaios e as aulas. Aos oito anos de idade, meu pai me apresentou o trompete. Me ensinou as primeiras notas, me ensinou a técnica sobre o instrumento e me apresentou também a teoria musical. E, então, fui me familiarizando com a música.  Mais tarde, com nove anos, eu conheci o violão. E logo após, aos 12 anos, migrei para a guitarra.  O contato com a guitarra foi uma experiência única! A partir desse momento, eu percebi que era isso que eu queria para minha vida, que era a música que iria ser a grande responsável pela vida que eu iria ter dali em diante”, explica André.

André faz a sua carreira com shows em Ourinhos e região (Foto: arquivo pessoal)

Sendo assim, a sua meta de vida, atualmente, é ser graduado em música. Afinal, ser músico para o jovem, é um privilégio, uma dádiva divina. Porque é sentir que possui uma filosofia para seguir na vida e, com isso, é possível sentir a própria existência e conseguir se comunicar com o outro, para “passar para o ouvinte uma mensagem de paz, felicidade e espiritualidade”, exclama o jovem.

 

Ourinhos

Ourinhos é a cidade do coração de André por ter a oportunidade de conhecer a música a fundo, músicos de nomes renomados da área e foi neste município onde iniciou a sua carreira profissional.

Mas como nem tudo são flores, o rapaz também passou por dificuldades para trilhar o seu caminho musical. “Existem muitas dificuldades em relação à música. Como músico acompanhante e freelancer, sempre tive muitas oportunidades. Mas já no trabalho com a música instrumental (MPB/JAZZ), muitas vezes, não há espaço para tal vertente no mercado da cidade. Já passei por preconceito por “viver de música” […] Mas, por outro lado, há uma grande maioria de pessoas que nos apoiam, apreciam nossa arte, valorizam e estimam nosso trabalho, nos prestigiando em apresentações, shows, eventos etc. E em Ourinhos, pude ter várias conquistas. Como freelancer, já toquei em vários estilos musicais e em diversas situações e formações. Graças a Deus, meu trabalho vem sendo cada vez mais reconhecido e valorizado”, fala André.

No passado, o município era referência em música pela realização do Festival de Música anual e que fez parte da vida de Gustavo em 2016, 2017, 2018 e 2019. Fora de Ourinhos, o jovem participou do Festival Imagine Brazil em 2016 e 2019, como guitarrista em um grupo de MPB/Jazz e um trabalho de guitarra solo, respectivamente.

André participa de cerimoniais com a sua guitarra ou com outros instrumentos (Foto: arquivo pessoal)

“A valorização do meu trabalho enquanto músico no cenário instrumental é mais valorizado nos grandes centros, pois há uma maior concentração de pessoas que se familiarizam com tal arte. Mas esse movimento vem crescendo fora das grandes capitais. Um bom exemplo disso são os festivais de música que ocorrem anualmente em determinados locais, por exemplo o Festival de Música de Ourinhos”, conta Gustavo.

 

Família, projetos e futuro

Tomar decisões é uma tarefa difícil e ao decidir ser músico, André renunciou outros fatores de sua vida. Sua família sempre lhe proporcionou apoio em suas escolhas, mas havia o questionamento se era esta profissão mesmo que o jovem desejava fazer carreira. Aos poucos a ideia foi amadurecendo e cada vez mais ele tinha certeza de que era de música que viveria.

Segundo André, “o sonho virou profissão, e mais do que isso, a música tinha se tornado minha vida. A partir de então, minha família foi me ajudado e me dando mais apoio para seguir como músico”.

Certamente, como todo profissional sonha, André tem a vontade de colocar em prática algum projeto pessoal. Inclusive, há um que está sendo produzido, podendo ser lançado ainda este ano ou em 2021, que envolve a música instrumental com variedade em formações e estilos musicais.

Por fim, a expectativa para o futuro é a consolidação da carreira aliada aos projetos pessoais, registrar as composições autorais, ter o reconhecimento no mercado da música e, “acima de tudo, através da minha música, contribuir para que pessoas possam conhecer e apreciar a música instrumental de qualidade”, finaliza o músico.

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