Santa Casa de Ourinhos suspende novamente atendimento a pacientes do IAMSPE

A Santa Casa de Ourinhos paralisou novamente na segunda feira à noite (02) o atendimento aos usuários do plano de saúde IAMSPE (servidores públicos estaduais de toda a região).
Segundo a Administração da Santa Casa houve a promessa do Iamspe dos pagamentos de serviços prestados aos usuários em atrasos, a unidade hospitalar havia cancelado os atendimentos totais na semana passada . Retornou a atender os funcionários com a comprometimento de palavras em pacto de quitação que não foram realizadas em depósitos conforme a negociação.
Ante o descumprimento do acordo restou a entidade (Santa Casa)novamente suspender os atendimentos médicos hospitalares.
“Novamente ressalto o descaso do governador João Dória com a saúde dos servidores, com o descumprimento de acordos e contratos, com nosso dinheiro, cujos valores já foram descontados dos vencimentos mensais em 2%”, criticou Enizal Vieira, Diretor da Aojesp.

CARTA ABERTA 

Na tarde desta terça-feira, 03, o IAMSPE Ourinhos publicou uma carta aberta ao usuário e ao trabalhador do IAMSPE relatando a dramática situação vivida desde janeiro deste ano, com o início da gestão João Dória. Leia abaixo a íntegra da Carta:

IAMSPE PEDE SOCORRO!

O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, IAMSPE, fundado em 1952 e o HSPE inaugurado em 1961 pede SOCORRO. Mantido com a contribuição de 2% do funcionalismo estadual e dos trabalhadores do IAMSPE, vem sofrendo uma crise de atendimento nos últimos anos, em específico neste ano de 2019. Isso ocorre pela falta de concursos públicos vetados em janeiro de 2019 quando iniciou o Governo Doria e pela redução salarial, uma vez que os médicos estão há seis anos sem reposição salarial pela inflação, e a enfermagem e funcionários administrativos há inacreditáveis ONZE ANOS! Os trabalhadores do IAMSPE estão sendo penalizados desde 2008, quando deixaram da Secretaria de Saúde, sofrendo congelamento dos salários, baixa remuneração e as péssimas condições de trabalho. Um desrespeito aos profissionais que dedicam suas vidas a responsabilidade em cuidar do bem-estar e da saúde do funcionalismo estadual, assim como também de todos os seus agregados. Com a deterioração das condições de trabalho, sem valorização profissional, a saída dos trabalhadores é um fato. Hoje no IAMSPE existe uma lacuna de mais de 430 enfermeiros além de 230 médicos. Essa falta de profissionais de saúde obriga o encolhimento dos serviços do HSPE. Desde janeiro de 2019, com o atual Governo, e com as mudanças de Secretaria e da superintendência do IAMSPE, é nitida a piora no atendimento e nas condições de trabalho, tornando clara a ineficiência de gestão, impactando a saúde do funcionalismo e do trabalhador do IAMSPE. O Hospital do Servidor Público Estadual/HSPE, que outrora preservava suas qualidades históricas em todo Estado de São Paulo, como também no Brasil e na América Latina, vem sofrendo sucessivos cortes tornando o atendimento médico uma dificuldade sem precedentes para os usuários. No passado eram aproximadamente 1200 leitos de internação no HSPE. Com a reforma de 2013, foram fechados 396 leitos. Unidades específicas foram extintas, tais como: Setor de Otorrino/Cabeça Pescoço, Setor de Queimados (referência no Brasil), Setor de Cirurgia Pediátrica, Setor de Oncopediatria, Unidade de Banco de Olhos, Unidade de Transplante Renal. Ao término da reforma, não foi mais possível recuperar esses setores, seja pela própria estrutura física, e atualmente, pelo déficit de recursos humanos, físicos e materiais. E a perda continua, hoje estão sendo fechados: a Unidade de Especialidades Cirúrgicas, Salas Operatórias e Hemodinâmica HSPE, onde o novo PS não suporta a demanda atual, e a possibilidade de reabertura do PS antigo não se concretiza, e mais uma vez o usuário é penalizado. O IAMSPE precisa de mais investimentos. Chegou a hora de estancar a asfixia econômica promovida pelo Governo do Estado. O Estado deve assumir sua responsabilidade no financiamento do IAMSPE e contribuir com a mesma proporção que o funcionalismo contribui. No orçamento do IAMSPE para 2020 é mais que urgente a contrapartida de 2% pelo Governo. O IAMSPE PRECISA SER SALVO! QUE O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO CONTRIBUA COM O IAMSPE! 2% DE CONTRAPARTIDA DO GOVERNO,JÁ! O IAMSPE É NOSSO!!!

AFIAMSPE CCM/IAMSPE SINDSAÚDE

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