Ourinhos elegeu, de forma inédita, três mulheres para a Câmara Municipal
De modo geral, as mulheres se sentirão representadas no meio político e comemoram a maior presença feminina entre os homens vereadores
Juliana Neves
No último domingo, 15, o resultado da eleição municipal, em Ourinhos, foi marcado por um ineditismo em relação aos vereadores. A população elegeu, pela primeira vez, três mulheres: Roberta Stopa do mandato coletivo Enfrente!, Nilce Araujo, protetora dos animais do A turma do Cafofo, e a Raquel Spada que foi reeleita.
Em toda história ourinhense, somente cinco mulheres ocuparam uma cadeira da Câmara Municipal em épocas diferentes ao lado de outros candidatos eleitos que eram na sua totalidade homens. Dalila Souza, Haid Chiaradia, Angelita de Sá, Terezinha Paixão e Raquel Spada são as únicas que um dia fizeram parte da lista de vereadores da cidade.
Entretanto, a partir do ano que vem, 2021, a diferença é que serão três mulheres trabalhando como vereadores na mesma gestão, no mesmo período.
Com isso, a equipe de jornalismo buscou conversar com algumas mulheres cidadãs do município para saber se elas se sentirão representadas no meio político por essas três mulheres eleitas, escolhidas para serem vereadoras a partir do ano que vem.
Laís Pontara, estudante de direito, 20, avalia que este resultado da eleição é significa avanço para Ourinhos e para as mulheres. “Um país onde o machismo é enraizado, qualquer conquista feminina tem que ser vangloriada. Acredito que lutarão por melhorias na cidade pensando em nós mulheres, e a Nilce para os animais, que assim como nós mulheres, não tiveram voz por muito tempo na sociedade. Estou satisfeita com as três na Câmara e aguardo o melhor para todas nós cidadãs”, fala a estudante.
Para Luiza Camargo, advogada, 23, a opinião é de que se sentirá representada sim, porque reconhece a necessidade de representação feminina na Câmara “e em todos os espaços de poder, para chegar nos anseios e sonhos que também são nossos, e reconhecer que nós somos cidadãs e temos esse direito de participar e fazer-se representada. Acompanhei em especial a campanha da Roberta do Enfrente! e vejo como esperança por dias melhores para Ourinhos. O desejo é que nas próximas eleições tenham mais mulheres sendo eleitas inclusive para o cargo executivo”.
Já para a visão de uma pedagoga, Vivian Maranho, 30, em termos profissionais afirma que não será representada, pois a sua candidata não foi eleita. “Mas acredito que a Nilce, protetora dos animais, foi uma ótima candidata eleita e me representará, com toda certeza, em relação aos animais”, fala a pedagoga.
Opinião diferente de Nathalia Lima Silva, pedagoga, 23, que diz “com certeza serei representada, política sempre foi um ambiente tão masculinizado, acho muito importante ter a presença feminina na Câmara para que as mulheres sejam representadas”.