Em três anos cesta básica sobe 50%. Numero de famílias endividadas é recorde
Considerando os preços de São Paulo, a capital com a cesta básica mais cara do país, o custo do grupo de alimentos essenciais na mesa do brasileiro saltou de R$ 482,40, em fevereiro de 2019, para R$ 715,65, no segundo mês de 2022, de acordo com análises de monitoramento do Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico.
Uma alta de 48%, que é o dobro da inflação oficial acumulada no período, que foi de pouco mais de 20%.
Na prática, significa que o consumidor perdeu poder de compra e, com o dinheiro que ganha, não está mais conseguindo levar para casa a mesma quantidade de produtos que levava em 2019.
A situação econômica atual do país é resultado da falta planejamento e empatia por parte do governo para reverter a situação:
Além da falta de planejamento, os ataques recorrentes do presidente Jair Bolsonaro às instituições democráticas, como o sistema judiciário, por exemplo, prejudicam diretamente a economia e, consequentemente, a vida das pessoas.
Entre os produtos da cesta básica que mais subiram nos últimos três anos estão o óleo de soja, que encareceu 153%, o café em pó, com alta de 88% e a carne bovina, que ficou 75% mais cara no período.
A lista de produtos que tiveram alta é extensa entre os quais, manteiga, açúcar, banana, carnes, pãozinho, tomate, cenoura, farinha, arroz, leite são itens que subiram bem mais que a inflação entre 2019 e 2022.
O Brasil nunca teve um número tão alto de famílias endividadas
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, a Peic, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a CNC, 77,5% das famílias brasileiras relatam te m dívidas a vencer. É o maior percentual já registrado em 12 anos e levantamento.
Em apenas um ano, o crescimento foi de mais de 10 pontos percentuais. Em março do ano passado, para comparação, a proporção de famílias endividadas era de 67,3%
Na avaliação da CNC, a alta no endividamento do brasileiro é reflexo da inflação, que vem pressionando cada vez mais o orçamento do brasileiro, que acaba tendo que tomar crédito para dar conta das obrigações mensais.