A Congregação Mariana e seu time de futebol

 

Membros da C. Mariana e o Padre Vitor Moreno nos anos 30 em frente a antiga igreja na praça Melo Peixoto, onde hoje está o prédio da Telefônica (Vivo)

José Luiz Martins – 

Na década de 30 existiram em Ourinhos quatro clubes de futebol: O Clube Atlético Ourinhense, Esporte Clube Operário, o time da Estrada de Ferro São Paulo Paraná e o time formado pelos membros da Congregação Mariana, uma ordem religiosa católica formada por leigos batizados, com formação catequética básica, que participavam do Sacramento da Eucarística e consagrados a Nossa Senhora.

Existente em dezenas de países como Holanda, Itália, México, Espanha, Colômbia, a Congregação Mariana era uma escola onde os cristãos se tornavam comprometidos, dando testemunho, na Igreja e na sociedade, dos valores morais e cristãos.

A principal meta da associação era aa transformação cristã da sociedade as congregações eram orientadas por um assistente espiritual que normalmente éra o pároco da comunidade.

A primeira congregação Mariana foi fundada em 1563, em Roma, na Itália. Em 1583 o beato José de Anchieta fundou na Bahia, a primeira congregação Mariana do Brasil. Em 1870 surgiu a 1ª Congregação Paulista em Itu. Em 1927 já estavam organizadas em uma federação no Estado de São Paulo.

Em Ourinhos na década de 1930 uma congregação Mariana foi criada e mantida por integrantes da Sociedade São Vicente de Paula existente  até os dias de hoje. Ainda no final dos anos 30 a congregação organizou um clube de futebol como forma de lazer para os membros da comunidade.

Não era uma equipe atuante que disputava campeonatos oficiais, mas tão somente um meio de lazer à disposição de seus membros. De tempos em tempos os membros diretores reuniam pessoas ligadas ao esporte para que jogassem representando a congregação em torneios varzeanos e comemorativos da cidade.

As equipes sazonais eram como uma espécie de seleção formada por jogadores que despontavam nos vários times da cidade. A fase de maior atuação do time da C. Mariana se deu nos anos 40 e 50 como no caso da seleção organizada em 1958 da qual participaram jogadores até hoje conhecidos como Valdomiro e Alberto Arantes (“Chavantes” e “Chinelão”), Maurílio Maroco (“Mineiro”), Reynaldo de Paula Dutra (“Baiana”), José Nunes (“Zé do Bar”), Vando, Mário Misato e tantos outros.

 

 

 

 

 

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