Avança operação contra espionagem ilegal da ABIN comandada pelo General Heleno
O diretor geral da ABIN Fernando Correia vai comparecer na próxima quarta-feira a uma reunião com deputados e senadores na Comissão Mista de Controle da atividade de inteligência do Congresso Nacional, o encontro será fechado ele foi convocado depois da operação da Polícia Federal que prendeu dois agentes e afastou o número três da agência suspeitos de participarem de um esquema de monitoramento ilegal de adversários políticos de Jair Bolsonaro.
O jornal O Globo revela hoje que além de jornalistas políticos juízes e adversários do governo Bolsonaro, a Abin comandada pelo General Heleno, também teria monitorado de forma irregular servidores da área de Tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral responsáveis pela segurança das urnas eletrônicas utilizadas nos pleitos nas eleições com suspeita de que foram feitas vigilâncias durante as eleições municipais.
E também regiões próximas ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal, além de áreas nobres em Brasília e no Rio de Janeiro indicando a possibilidade do monitoramento de juízes e advogados como alvos dessa ação de espionagem. Os agentes da Polícia Federal que investigam o caso querem entender agora como funcionava esse monitoramento e por que houve um pico de acesso no período elitoral de 2020
Por meio do software era possível monitorar o monitorar o deslocamento dos alvos pela localização do celular aproveitando uma brecha na segurança, o procurador da república Carlos Bruno Ferreira da Silva foi quem iniciou a apuração desse caso em Minas Gerais,
O sistema secreto tinha capacidade de monitorar até 10.000 números sem a necessidade de autorização judicial, para isso em nota ABIN afirma que o caso vem sendo apurado na Corregedoria Geral do órgão e que as informações apuradas nas sindicâncias internas estão sendo repassadas para a polícia federal e para o Supremo Tribunal Federal que autorizou a operação na última sexta-feira.
Ainda segundo o jornal O Globo, o Exército também utilizou ferramenta usada para monitoramento ilegal, a operação apreendeu documentos na sede da empresa israelense vendedora do equipamento em Florianópolis que indicam que os militares adquiriram o software.