Cargos e funções de confiança custaram 38 milhões do contribuinte ourinhense em 2021
Desde janeiro de 2021, o Observatório Social de Ourinhos tem acompanhado a evolução dos gastos do serviço publico municipal com salários vultosos pagos a nomeados em cargos de comissão e servidores efetivos indicados em função de confiança.
Conforme levantamento do Observatório divulgado na ultima semana, 599 indicados de Lucas Pocay espalhados pela Prefeitura, Câmara Municipal, SAE, IPMO e Secretaria de Esportes consumiram a cifra de R$ 38 milhões do dinheiro do contribuinte ourinhense em 2021.
Usada como moeda de troca, a indicação de cargos e funções de confiança é prática de clientelismo politico que além de impactos financeiros nos cofres públicos têm também efeitos negativos na eficiência na Administração Pública.
Na maioria das vezes as indicações para cargos/funções de confiança evidenciam-se não pela competência para determinadas funções, mas, como garantia de apoio e comprometimento dos indicados com as vontades do mandatário do momento.
Em Ourinhos uma manobra do prefeito Lucas Pocay para diminuir o numero excessivo de cargos de comissionados após determinação do Ministério Público devido a ilegalidades, culminou com um embuste. A instituição das chamadas Funções de Confiança (FC)
As FC arrebanham servidores que já pertencem aos quadros da Administração que recebem aumento de salario ao serem indicados para determinados cargos de destaque hierárquicos. Notoriamente a manobra tem servido para o executivo aliciar um séquito de servidores desejosos de engordar seus salários.
O loteamento ocorre e vários segmentos da administração municipal e na prática, cargos comissionados e funções de confiança não tem diferença nas atribuições, nos dois casos as nomeações destinam-se a chefia, direção e assessoramento.
É a utilização da máquina pública, visando satisfazer quem comanda a administração, os detentores do poder. Uma barganha onde os escolhidos ficam presos politicamente, consequentemente, devendo retribuir o que lhe foi agraciado. De confiança para os agentes políticos (prefeito e vereadores) e inconfiáveis para população.