A discussão sobre a desigualdade racial e o racismo devem ser permantentes. No entanto, em novembro, o mês é especial e tradicionalmente dedicado para fomentar o debate sobre as relações entre os diferentes contextos raciais do nosso país, em especial, sobre a desigualdade que permeia entre indivíduos negros e não negros.
O debate é muito atual! — No Brasil, em 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a pesquisa “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça” mostrou que pretos e pardos compõem 56% da população brasileira. A essa parcela majoritária da população são atribuídos os piores indicadores de renda, de moradia, escolaridade, serviços, etc.
De acordo com o Atlas da Violência 2020, a taxa de homicídios entre negros cresceu 11,5% de 2008 a 2018, enquanto a de não negros caiu 12%. Ao todo, os negros somam 75,9% dos assassinados entre este período.
Considerando faixa etária e gênero, esses números também mostram uma relação grande de desigualdade: em 2018, 68% das mulheres mortas eram negras. Os homens negros jovens representam mais da metade do número de jovens mortos.
O Mês e o Dia da Consciência Negra (20 de novembro) destacam as discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade social no país. Esta é uma oportunidade de espaço — que deve permanecer por todo o ano — para contar a História da perspectiva da população negra, além dos avanços das lutas antirracistas e a exaltação da cultura afro-brasileira.
No território ourinhense, o Coletivo ENFRENTE! organiza dois encontros culturais com rodas de conversa e convidados especiais para o mês de novembro em 2021. Todos estão convidados a participar. Acompanhe a agenda:
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