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Contribuição “solidária”para Natal Pet gera reclamações de servidores

Contribuição “solidária”para Natal Pet gera reclamações de servidores

 

A pratica é costumeira e acontece de forma velada em época de eleição municipal quando ocupantes de cargos comissionados de livre indicação do prefeito são obrigados a “contribuir” nos esquemas de arrecadação de dinheiro para campanhas eleitorais.

Mas não é somente em campanha eleitoral que as “doações voluntárias” são solicitadas disfarçadamente como contrapartida a manter uma boa relação entre o nomeado e quem detém o poder de exoneração.

Volta e meia e de forma não tão velada, funcionários efetivos da prefeitura também se veem sob pressão para contribuir, possam ou não, com campanhas e causas ditas solidárias da administração municipal.

Ração para animais

Denuncia que chegou a redação do Contratempo na manhã de ontem expõe a prática em que nomeados em cargos de confiança são pressionados a “contribuir voluntariamente” com valores para ações do Fundo Social de Solidariedade.

As instruções comumente são enviadas pelo WhatsApp e mesmo servidores concursados (com garantia de estabilidade no emprego) que tem seus salários aumentados por conta de nomeações em FC – Funções de Confiança (uma benesse usada para obter apoio politico) estão sendo solicitados participar de arrecadação de dinheiro para compra de ração na campanha “Natal Pet”.

“Acho um absurdo, sempre tem essas situações de fazer caridade com chapéu alheio para alguém ficar bem na foto”, reclama um servidor que falou a reportagem na condição de anonimato.

Segundo o servidor, o que ocorre é uma coação feita de forma sutil no ambiente de trabalho geralmente pelos superiores, mas para muitos funcionários a depender do “chefe”, que propõe a “contribuição”, a pressão beira intimidação e ameaça constrangendo para que não haja negativa.

O tradicional Yakisoba da FAPI

O servidor revelou a reportagem que isso ocorre com frequência na prefeitura de Ourinhos, quando o Fundo Social de Solidariedade realiza o “tradicional Yakisoba da FAPI” onde todos os ocupantes de cargos de confiança e FCs (introduzidas na administração por Lucas Pocay) são praticamente obrigados a comprar a iguaria, para contribuir com a causa.

“Na época de FAPI o chefe chega com os cartõezinhos do Yakisoba e nem pergunta se você pode contribuir ou não, entrega e avisa, olha o pagamento é até o dia tal. Muitos funcionários não concordam, é uma despesa que muitos não podem ter, aí você é obrigado procurar quem queira comprar, sair vendendo o tal Yakisoba pra não ficar com o prejuízo, reclamou o servidor que ocupa cargo em FC.

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