Eduardo Bolsonaro convoca portadores de armas a voluntariar por Jair Bolsonaro
Enquanto o Brasil precisa de paz e melhores condições econômicas para população aliados de Bolsonaro pró armas criam o clima que se temia nessa eleição que começa a ganhar corpo e materialidade.
O assunto impactou a vida política brasileira a partir de uma decisão de ontem do ministro Edson Fachin do STF . Há um processo de alguns partidos parado no Supremo há mais de um ano sob pedido de vistas na mão do ministro bolsonarista Kassio Nunes Marques, cuja relatoria pertence a Edson Fachin.
E esse processo pede ao Supremo que derrube a legislação do Bolsonaro que permite e facilita a venda de armas e Fachin, investido de poderes para isso determinou a suspensão por liminar justificando que o clima na eleição tem ganhado uma escala de preocupação de violência eleitoral .
Contrariado, o filho do presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro, fez ontem à noite uma clara convocação de caçadores e atiradores dos CACs para que comecem a agir como um grupo politico.
Eduardo convocou por meio de uma publicação nas redes sociais os brasileiros que possuem armas legalizadas para se tornarem voluntários em defesa do presidente Jair Bolsonaro.
No Twitter o filho 03 de Bolsonaro chamou os seguidores que compraram alguma arma de fogo ou que frequentam um clube de tiro para se voluntariar ao bolsonarismo armado, o parlamentar orientou que os interessados peçam adesivos do presidente que tenta a reeleição no pleito deste ano e distribuir.
“Você comprou a arma Legal tem Clube de Tiro frequenta algum? Então você tem que se transformar no voluntário de Bolsonaro peça ao seu candidato a deputado federal adesivos e santinhos do presidente distribua”, conclamou Eduardo Bolsonaro, aquele que disse que bastava um cabo e um soldado para fechar o Supremo Tribunal Federal.
A convocação do filho do presidente dirigida a quem tem armas, caçadores e atiradores dos CACs, parte do núcleo central do bolsonairismo (são mais de 1 milhão de armas com esses grupos), é um chamamento para compor o processo de formação de milícia .
As declarações contra a liminar de Fachin continua a ser repercutida por políticos e demais aliados de Bolsonaro que assim, criam sem disfarçar, a interface entre armas, eleições e os Clubes de Tiro como grupos paramilitares, objetivo do Presidente da República.
O líder da “Bancada da Bala”
Como fez o deputado Capitão Augusto deputado federal (PL-SP), aliado do chefe do Executivo, que publicou em seu Twitter que a ação do ministro da mais alta corte do Judiciário poderá criar um “caos de insegurança jurídica” sob o tema da segurança pública.
E mais, Capitão Augusto é vice-presidente nacional do Partido Liberal (PL) e presidente da conhecida popularmente como bancada da bala, está pedindo que a decisão unânime do TSE, que proibiu o porte de armamentos no período compreendido entre 48 horas antes e as 24 horas depois do pleito, no perímetro de 100 metros das seções e de outras localidades eleitorais, seja derrubada pelo Procurador geral Augusto Aras.
Com o pretexto de que a proibição “pode trazer sérios prejuízos ao direito de voto de milhares de policiais e militares, violando o seu direito fundamental de cidadania”, Augusto enviou um ofício ao procurador-geral eleitoral, Augusto Aras, e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, pedindo a liberação do porte de armas a agentes da segurança pública nas eleições.
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