Em 13 viagens “Motociatas” de Bolsonaro custaram mais de 5 milhões de dinheiro público

Desde que  o governo Lula liberou acesso aos gastos totais com o cartão corporativo , com as notas fiscais, é possível saber exatamente para onde foi o dinheiro público gasto por Bolsonaro

Nos documentos, constata-se  que a presidência da República considerou as “motociatas” como um evento oficial, as notas fiscais dos gastos  pelo cartão corporativo de Jair Bolsonaro (PL) mostram que despesas nos passeios “oficiais” com apoiadores  do ex-presidente foram bancados com dinheiro público fugindo às regras para uso do cartão.

R$6.664,00  em padaria de Bandeirantes

Nos rolês  de Bolsonaro estão incluídos pagamentos a postos de combustíveis , hotéis, pizzarias e  padarias, como na Padaria Dikaranova na vizinha cidade de Bandeirantes PR à 60km de Ourinhos onde em poucas horas consumiu quase 7 mil reais em um único dia.

Em visita ao estado e vindo de Londrina o ex presidente esteve presente  no dia 09 de abril do ano passado,  em uma missa na companhia da primeira-dama Michelle Bolsonaro e também do govenador do Paraná, Ratinho Junior na cidade de Bandeirantes.

A motociata com apoiadores do Governo Federal saiu da cidade de Andirá até Bandeirantes para recepcionar Bolsonaro onde  outro grupo de motoqueiros  aguardavam a chegada do ex-presidente no local da missa.

Depois da celebração o cortejo motorizado seguiu  pelas ruas da cidade até que chegou a hora do lanchinho da trupe golpista que custou exatamente R$6.664,00 conforme revela a  nota fiscal emitida pela Dikaranova, a melhor padaria de Bandeirantes e uma das mais caras.

Em 13 viagens “Motociatas” de Bolsonaro custaram  mais de 5 milhões de dinheiro público

Motociatas de Bolsonaro já custaram ao menos R$ 5 milhões aos cofres públicos, de acordo com  levantamento feito pelo Jornal Folha de São Paulo com base na Lei de Acesso à Informação,  a despesa inclui gastos dos estados e com cartão do governo federal .

O levantamento considerou 13 viagens do presidente, que serviram para buscar apoio entre sua base mais radical. A primeira motociata ocorreu em Brasília, no dia 9 de maio. Outras 12 a sucederam em quase todas as regiões do país: Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Paraná.

Segundo a reportagem, a viagem mais custosa foi ao agreste pernambucano, no dia 4 de setembro, no valor de quase R$ 607 mil. Os maiores gastos aparecem na sequência em São Paulo (R$ 476 mil) e Chapecó (R$ 450 mil), no mês de junho. O estado de São Paulo foi o que mais investiu recursos para viabilizar a presença do presidente nas motociatas. Segundo o governo, os custos chegaram a R$ 1,5 milhão com dois eventos, um na capital e outro em Presidente Prudente, em julho.

Segundo a reportagem, só a Presidência desembolsou um total de R$ 3,3 milhões para que Bolsonaro participasse dos eventos. A conta nos estados, com reforço na segurança, ficou em 1,7 milhão, o que totaliza um gasto de 4,98 milhões, até o momento.

O cálculo não considerou os gastos da motociata realizada no dia 6 de novembro no Paraná, já que o custo não foi informado pela Presidência. Os gastos da comitiva presidencial nessas viagens estão sendo analisados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) a pedido de integrantes da CPI da Covid no Senado.

 

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