Estudante de Chavantes supera 18 mil candidatos para participar de curso na Yale nos EUA

Um adolescente de 17 anos de Chavantes (SP) está de malas prontas para fazer um curso em uma das mais conceituadas universidades dos Estados Unidos, a Yale, e também já tem convite para estudar na universidade de Harvard, que também tem fama mundial. Henrique Vaz está no terceiro ano do ensino médio e sempre estudou em escolas públicas e está será a segunda vez que ele vai para os Estados Unidos.

A primeira viagem foi no ano passado, quando participou de um programa da Embaixada americana. Dessa vez ele vai participar de um curso de duas semanas na universidade de Yale. Ele concorreu com outros 18 mil candidatos para conseguir essa vaga. “Foi um processo de cinco meses, e ele consistiu no envio de notas de testes padronizados, um teste específico para as universidades americanas e o Toefel, que o teste de proficiência em inglês. Depois disso precisei da recomendação de todos os meus professores, precisei enviar o meu currículo escolar e tive que fazer algumas redações falando sobre os meus objetivos de vida, minhas paixões e porque eu gostaria de participar do curso”, conta.

O jovem também foi convidado a conhecer outras duas universidades, umas delas a Harvard. Uma oportunidade de ouro que ele sabe valorizar. “As universidades de Harvard e de Columbia, que ficam em outros estados, mas são próximas, elas me convidaram para conhecer o campus, porque eu já sou candidato a estudar nessas universidades, estou aplicando para elas, para eu me inteirar e decidir para qual faculdade eu quero mesmo ir.”

O Henrique é a prova que esforço e dedicação são recompensados. As horas de estudo e a vontade de ser alguém melhor e fazer alguma coisa para melhorar o mundo não fizeram bem só para ele não. Ele também se tornou um exemplo para os amigos. “Não só eu, mas como todo mundo aqui foi incentivado, a estudar, a pegar o gosto pelo estudo”, ressalta Matheus Almeida, amigo de Henrique.
Um orgulho sem tamanho para escola onde ele estuda. “A gente notou que os alunos da sala dele foram todos incentivados a estudar mais, nós melhoramos os nossos índices de rendimento, o pessoal está lendo mais, se dedicando mais”, afirma José Roberto Trombelli, coordenador pedagógico.

Contando o período que passa na escola e o tempo em casa, ele estuda 13 horas por dia. E ainda sobra um tempinho para trabalhar. Há seis meses, Henrique se mudou para Bernardino de Campos para dar aulas de inglês. Nunca foi fácil, mas ele sempre teve o incentivo que precisava.

“Para quem tem dificuldade, acha que as coisas são muito difíceis, não é impossível, basta você se dedicar. Nós somos de uma classe pobre, mas nem sempre é o dinheiro que traz as coisas, muitas vezes depende do seu esforço”, afirma o pai, Silvano Aparecido Vaz.

Depois da viagem, Henrique vai se preparar para o vestibular no Brasil e ainda vai se inscrever em universidades americanas. Ele está em dúvida entre os cursos de medicina e economia. “Em uma situação hipotética, se eu passar em medicina aqui no Brasil e em economia lá nos Estados Unidos, acho que vai pesar mais o fato de poder ajudar as pessoas, e acho que faria isso melhor sendo médico do que economista, mas é um longo caminho e eu não quero pensar e nem decidir nada agora”, finaliza.

Fonte: G1

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