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Crônica de Jair Vivan Jr.

Crônica de Jair Vivan Jr.

Não vai dar, não vai dar não? Eu vou beber, beber até cair, de caneco em caneco olha aí,

já se foi mais um barril. Quanto riso, oh,…Vou beijar te agora…

Primeiro passo, pausar com a namorada, um combinado para poder continuar o namoro depois, ou seria treta na certa.

Depois comprar uma caixa de Whisky falsificado dividido entre quatro ou cinco amigos, encher as mamadeiras, improvisar a fantasia e ir para o clube, já mamado.

O reflexo era na quarta de cinzas, em algumas fases ia trabalhar direto, sem dormir

e embriagado, em outras após o meio dia,  meio embriagado, além da ressaca combinada com serviço acumulado, um porre.

E também o sentimento de culpa, na tentativa de fazer um balanço lembrando do ocorrido na esbórnia, mas cadê que vinha, só mesmo lembranças vagas, restava ficar passando em frente à casa na namorada na intenção de encontrar e saber o que sobrou, namoro, amizade ou nem isto, o perdão era baseado no “indulto” previamente acordado, nas também tinha limites, tive caso de ser perdoado e também de fim de namoro.

E passou, nos clubes era outro tipo de animação, mesmo com algumas resistências e insistências em continuar, foi se descaracterizando daquele espírito maliciosamente inocente dos antigos carnavais das marchinhas e concursos de fantasias, quando a base era muito goró, a droga máxima era lança perfume e qualquer porre podia ser curado com uma boa canja em algum ponto de encontro.

Depois eram quarenta dias de jejum esperando o sábado de Aleluia, com bailes também em ritmo de folia, o qual servia para resolver alguma pendenga dos quatro dias de liberdade.)

…não me leve a mal, hoje é carnaval.

JVivanjr

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