Jovem ourinhense é confundido com ladrão e espancado na Barra Funda
De acordo com relato do jovem, feito por meio de sua página pessoal em uma rede social, ele voltava da casa da namorada por volta das 22h, quando foi abordado na Rua Barão do Rio Branco, por uma senhora que estava acompanhada por um rapaz de aproximadamente 17 anos e uma criança. “Eu voltava da casa de minha namorada e após cruzar a Vila Margarida em direção a Barra Funda, essa senhora gritou para mim, “você não tem vergonha de entrar na casa dos outros”. Eu retirei meus fones de ouvido e perguntei o que ela havia dito e ela repetiu isso… eu disse que não sabia do que ela estava falando e continuei meu caminho. Nisso, uma moto parou na esquina, e essa senhora chamou os dois passageiros da moto para conversar e eles vieram até mim, pararam a moto na minha frente e um deles desceu. Nisso, eu já estava repetindo mil vezes “pelo amor de deus, não fui eu quem entrou na casa dessa senhora” e ela retrucou, “foi sim! eu estou te seguindo desde lá de cima!”
Logo em seguida, segundo Jet, um dos rapazes começou a bater em sua cabeça com o capacete e após dois golpes, pessoas que estavam em um bar próximo saíram para ver o que estava acontecendo. “Uma das pessoas que estavam no bar me deu a terceira capacetada, esta bem no meio da minha cara, rasgando meu nariz. Na sequência, levei mais 5 capacetadas, além de socos na cara e chutes por todo o corpo. O saldo final de tudo isso foi um dente quebrado, dores na cabeça e no pescoço, o nariz que não para de sangrar. Felizmente consegui ser socorrido por um amigo que morava perto e me levou a UPA, onde passei a noite em observação”, contou.
Jet afirmou ainda que o fato que aconteceu com ele, faz parte de um clima de ódio criado em todo o país, que acaba provocando situações em que apenas baseado em suspeitas, pessoas são espancadas e linchadas até a morte. “Essa política do bandido bom é bandido morto, está criando esse tipo de situação, e poderia ter me matado, se eu tivesse tentado correr ou desmaiado. Quero que meu caso sirva de exemplo e alerta, para que não ocorram situações semelhantes ou piores que a minha. Pensem nisso, eu sou um cara que foi ver a namorada porque esta triste pela morte de um amigo e fui julgado, condenado e quase executado, simplesmente por essa frase infeliz de bandido bom, é bandido morto, que está matando centenas de inocentes em todo o país”, alertou.