Justiça determina júri popular para PM que executou foragido em Ourinhos

O subtenente do 31º batalhão da PM de Ourinhos Alexandre David Zanette, flagrado por câmeras de segurança executando o então procurado da justiça Murilo Henrique Junqueira de 26 anos, quando este já estava rendido com as mãos na cabeça, vai ser submetido a júri popular.

A sentença da Juíza Renata Ferreira dos Santos Carvalho da 2ª Vara Criminal de Ourinhos foi divulgada no ultimo dia 15 com a admissão de que houve homicídio qualificado por motivo torpe.

O outro PM João Paulo Herrera de Campos, que também participou do crime responderá por fraude processual e suspeita de alterar a cena do crime. Somente Alexandre David Zanette foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado, a previsão é que o julgamento aconteça no início de 2023.

A execução

O assassinato aconteceu durante uma abordagem em 20 setembro do ano passado na Vila Operária quando Zanette e o cabo João Paulo Herrera tentaram prender Murilo em um terreno baldio. A morte do foragido, segundo relato dos PMs no BO registrado no plantão policial, ocorreu em legítima defesa após troca de tiros.

Porém a versão dos policias foi desmentida após o delegado José Henrique Ribeiro Junior, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), checar as imagens de câmeras de segurança de um imóvel ao lado do local do fato. O vídeo mostra que Murilo não portava arma e com as mãos na cabeça foi alvejado por dois disparos feitos pelo subtenente Zanette.

Vigiando a policia

Conforme determinação do Governo do Estado, a Polícia Militar paulista passou a adotar o uso de câmeras acopladas nos uniformes para gravar as ações policiais. O objetivo das câmeras é inibir a letalidade desmedida da policia e garantir que casos como o de Murilo não continuem acontecendo nas ações policiais.

 

 

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