‘Novo’ na política, pré-candidato a prefeito Robson Sanches defende implantação de ‘bondinho’ como transporte coletivo alternativo
Dando continuidade a série de entrevistas com pré-candidatos a prefeito de Ourinhos, a reportagem do Contratempo conversou na última semana com Robson Sanches (PRTB) que nos falou as motivações de se candidatar e suas principais propostas.
Com Graduação em Administração, Pós Graduação em Administração de Marketing e Recursos Humanos, Sanches cursou MBA em Marketing na FGV – Fundação Getúlio Vargas, foi Diretor/Sócio no ramo de Eletroeletrônicos e tem 16 anos de experiência profissional em comércio atacadista e varejista.
Atualmente é professor dos cursos de Administração, Engenharia, Pedagogia e Recursos Humanos da Faculdade Estácio de Sá em Ourinhos, contribuindo principalmente nos seguintes temas: Sustentabilidade, Gestão, Educação, Fidelização, Qualidade, Motivação e Conhecimento da Informação.
Além de sua formação profissional, nas horas vagas, Robson atua como Diretor e Produtor de Filmes, cujo filme ‘O INDULTO” teve quase meio milhão de acessos no YouTube.
Segundo Sanches, ele decidiu entrar na política motivado pela necessidade de mudança expressada pela população. “Tudo partiu de uma necessidade ou problemas existentes e, devido à minha formação em Administração, fui convidado e aceitei o convite a ser pré-candidato a Prefeito de Ourinhos, pois o objetivo é fazer uma nova via administrativa na cidade. Em conversa com alguns empresários, moradores de Ourinhos e autoridades, sentimos que o povo realmente quer mudar e ter uma nova esperança, uma nova gestão, sem os vícios da velha política e não continuar do jeito que está. Estamos perdendo indústrias, empresas que poderiam gerar muitos empregos todos os anos. Estão indo para outras cidades, sem falar dos cursos profissionalizantes que perdemos por falta de uma administração correta, vontade e força política de nossa cidade”, argumenta.
Linha ideológica
Questionado pelo Contratempo se considera ser um candidato de esquerda ou direita, Sanches afirmou que não tem linha ideológica definida. “Meu sentimento em questão a escolher um lado está parecendo um jogo de futebol que você tem que escolher um time e me sinto desconfortável quanto a isso, portanto é relativo. Vejo pessoas morrendo em hospitais, não ligam para cultura e muito menos para educação, ou seja, alguns governantes só pensam neles. Quando temos Indústrias/empresas gerando empregos, é sinal de que o município gera riquezas para que possa investir em cultura, educação e saúde para nosso povo. Portanto, eu me identifico com o que os dois lados defendem, pois tanto defendo os direitos trabalhistas, as conquistas sociais como também a economia, o mercado financeiro, em detrimento de melhores salários e condições de trabalho, ou seja, para chegar próximo a resolver os problemas existentes, os dois lados têm que caminhar juntos, independente de partidos políticos e por eu ser Administrador, não escolho lado e sim o ponto de equilíbrio”, definiu.
Descrença nos políticos
O Contratempo perguntou ao pré-candidato como via o atual momento da política brasileira em que a maioria da população está descrente dos políticos e como ele pretende superar a eventual desconfiança dos eleitores em relação a suas verdadeiras intenções ao entrar pra política. “O atual momento da política nacional é instável e está em baixa com a descrença da população. Para resgatar a credibilidade, será com atitude que envolve um dos pilares da competência. Os três pilares da competência são: CHA – Conhecimento, Habilidade e Atitude”, afirmou.
Como administrar a cidade
Durante a entrevista, nossa reportagem questionou o pré-candidato sobre como pretende administrar a cidade caso seja eleito. “A prefeitura de Ourinhos tem que ser tratada como uma empresa de verdade, onde você tem que ter pessoas capacitadas em cada setor para poder administrar o dinheiro, porque é o meu dinheiro, é o seu dinheiro, é o dinheiro de todos os moradores de Ourinhos que contribuem com cada centavo pagando IPTU e os diversos impostos que temos que pagar sem dó nem piedade. Ninguém consegue desenvolver uma cidade sozinho. Temos que ter um secretariado e colaboradores fortes, ou seja, ‘Cada um no seu quadrado’. O servidor público deve ser bem remunerado e capacitado para assumir qualquer secretaria, Temos que elaborar um plano de carreira que o anime para ser cada vez melhor no que faz”, planeja.
Propostas de governo
O Contratempo também perguntou a Robson Sanches que medidas pretende tomar caso seja eleito, que criticou a dependência do município em relação aos recursos oriundos de emendas parlamentares. “Precisamos saber administrar a Saúde sem os políticos, não ficar aguardando promessas de Deputados com Emendas Parlamentares. Temos que ter competência e honestidade. Aí sim o povo pode comemorar que a saúde de Ourinhos vai ser modelo. Político tem que ser tratado de forma igual a pessoa que varre o chão da cidade, que corta cana, que trabalha de mecânico, vendedor ambulante, feirante, dona de casa, só assim as coisas irão melhorar, estou falando sobre os políticos de uma maneira geral, TODOS. Minha mãe estava tendo AVC e tivemos que esperar dias para ser atendido, é um despreparo grande, temos que pagar bem nossos médicos, para que eles deem mais atenção ao SUS e tenham orgulho em dizer ‘eu trabalho para a população’. Enquanto tudo isso não for revisto, vai entrar e sair governo continuando o sofrimento do nosso povo”, considera.
Geração de empregos
Um dos problemas apontados pela população ourinhense é o desemprego, situação que segundo Sanches foi criada devido à má gestão das últimas administrações na cidade. “Hoje passamos dificuldades, não temos emprego, é porque a administração da cidade não soube trabalhar para que as indústrias e outras empresas se instalassem em Ourinhos e para que as já instaladas não deixassem nossa cidade. É uma vergonha Ourinhos perder grandes Indústrias geradoras de emprego para cidades muito menores que a nossa, mas que tem uma administração melhor. É muito triste, isso me deixa preocupado, se não for feito uma renovação na administração da cidade com pulso firme a situação tende a piorar”, alerta.
Implantação de Projetos
Robson Sanches apontou também medidas que segundo ele, melhorariam a qualidade de vida da população. “Envolvendo a Educação, se um povo é educado de forma correta ele não sofre e não fica nas mãos de pessoas ruins, por isto estou tentando trazer mestrado, doutorado e cursos nas áreas de Jornalismo, Cinema e Educação. Há anos eu estou lutando para implantar em Ourinhos um núcleo cinematográfico, onde haverá cursos profissionalizantes de edição, produção e formação de profissionais em áreas que há grande rentabilidade para quem tiver esse conhecimento. Já imaginou se tivéssemos projetos de moda de viola, cultura hip-hop, rock, pop entre outros na praça, isso seria para o povo, o povo que realmente é humilde, pagou suas contas a vida inteira, agora está precisando ser premiado com esses eventos. A praça Melo Peixoto tem um grande palco praticamente sem ser utilizado que poderíamos usar aos domingos de manhã para essa apresentação semanal. Isso é qualidade de vida. A concha acústica, que nunca saiu do papel, é uma vergonha pra cidade, olha quanto dinheiro foi gasto e nunca foi concluída”, criticou.
Em relação ao transporte, Sanches aponta uma medida inovadora. “Temos uma linha férrea no centro da cidade onde poderia ser instalado um bondinho para que seja gerado um segundo transporte coletivo, já está praticamente pronto. A população precisa ter em mente que a cidade só perde continuando na mesmice que está. Isso me fortalece com mais vontade de mudar a cidade para melhor. São tantas coisas que podem ser feitas, mas é necessária uma administração justa e correta.
Valorização dos profissionais
O pré-candidato do PRTB afirmou também que é preciso valorizar os profissionais das diversas áreas, para que não tenham que acabar trabalhando em outras cidades. “Temos que valorizar os artistas que Ourinhos tem, as pessoas que se formam aqui nas escolas e cursos que temos acabam indo embora por falta de emprego. Isso tem que acabar urgente, para que os formandos fiquem e contribuam para o desenvolvimento da cidade. Isso já está mais que provado, quem se forma em Ourinhos vai para fora e consegue se desenvolver profissionalmente porque lá fora tem indústria precisando daquele profissional que se formou aqui”, ressaltou.
Fim das brigas políticas
Por fim, Robson Sanches criticou a disputa política entre os partidos políticos, que a seu ver, só prejudicam a população, ao invés de beneficiá-la e que o povo deve ser priorizado em detrimento dos partidos. “Na área de Segurança, temos um deputado federal eleito, isso tem que ser aproveitado, temos que ter condições de investir na cidade, tem que parar essa coisa de partido, brigar com partido, em minha opinião, partido político tem que ser tratado como último plano, primeiro o POVO, segundo os interesses do POVO e terceiro o bem estar do POVO. A burocracia do Brasil é tanta que o partido acaba sendo mais importante que o POVO. Isso aqui gente são vidas, é a nossa vida, é o bem estar da POPULAÇÃO. Quando temos problemas chamamos o bombeiro, a polícia, a ambulância, não chamamos o partido A, B ou C para nos socorrer, e temos que parar com essa guerra que se arrasta há mais de 30 anos entre partidos, temos que CUIDAR DO NOSSO POVO e das NOSSAS FAMÍLIAS”, concluiu.