Prefeitura gasta mais de 3 milhões mensais com 670 cargos de confiança
Em 15 meses do 2º mandato do prefeito Lucas Pocay, os gastos com o pagamento de Cargos em Comissão ou em Função de Confiança (FC) já está perto dos R$ 50 milhões.
É o que revela o ultimo boletim do Observatório Social de Ourinhos que tem monitorado e divulgado como a prefeitura está gastando o dinheiro público desde janeiro de 2021.
A ultima atualização do Observatório revela que a média mensal de recursos públicos dispendidos com essas contratações atinge a cifra R$ 3.274.158,19.
Os cargos estão distribuídos na Prefeitura, Câmara Municipal, SAE, IPMO e Secretaria de Esportes. Os dados estão disponíveis no Portal de Transparência da Prefeitura de Ourinhos.
Enquanto a grande maioria dos quase 4 mil servidores público municipais concursados amargam apenas 7% de reposição salarial imposta pelo executivo com o beneplácito dos vereadores adesistas, apenas 670 cargos, em sua maioria com altíssimos salários consomem um montante de dinheiro que ultrapassa o orçamento de secretarias da administração.
Em Ourinhos cargos comissionados é um apêndice instalado no poder público e, com raras exceções, são ocupados por quem não tem qualificação específica, pois é de livre nomeação. O concurso público é a esfera mais justa para acabar com a farra dos cargos comissionados e nesse caso, capacidade técnica – é exigência.
A causa da farra dos cargos de confiança
A explicação, para o que muitos chamam de farra dos cargos de comissão, seja uma prática reinante na administração pública, é a sustentação do grupo politico dominante do momento. E isso os caciques políticos só conseguem através da distribuição de dinheiro e privilégios aos seus apoiadores e assim se manterem no poder com alguns enriquecendo.
Isso ocorreu largamente nas administrações passadas e não mudou com os dois mandatos de Pocay, só piorou, pois a rede de sustentação dessa conjuntura nefasta tem como base, responsabilidade, o apoio da esmagadora maioria dos vereadores.
Quem acompanha mesmo que minimamente, o cenário politico administrativo em Ourinhos percebe o caráter fisiológico de pelo menos 12 dos 15 vereadores que apoiam cegamente Pocay.
É nítido que o mandato desses parlamentares é marcado pela atuação na manutenção de seus interesses pessoais em detrimento do estrito interesse público.
Desgraçadamente essa persistente, perniciosa e execrável conjuntura política em Ourinhos se mantêm por conta de parte de um legislativo medíocre e subserviente que invariavelmente indica a maioria dos ocupantes para cargos de confiança e FCs, para alegria do prefeito que depende e estimula esse toma lá dá cá.
“Mestre do diversionismo (manobras ou estratégias usadas para desviar a atenção), Pocay usa de um grande esforço publicitário da máquina governamental para pintar uma cidade com “pleno desenvolvimento”, “gestão transparente”, gestão “competente” e “referencia” em tudo que se possa imaginar a despeito dos problemas que a cidade enfrenta.
Puro ilusionismo que não condiz com a realidade, é a velha “estória” do se colar colou, e assim o prefeito “referencia” mantém a população distraída enquanto os vereadores e cabos eleitorais sem qualificação consomem grande parte da arrecadação do município.