Secretário suspende repasse para AAPEMMO e crise na Cultura pode piorar nos próximos dias
Segundo informações obtidas, um dos pontos que provocou maior indignação dos responsáveis pela AAPEMMO foi o anúncio da suspensão de repasse da secretaria de Cultura à entidade, determinado por Flores, cujo valor atual, segundo os integrantes da entidade, é de R$ 28 mil mensais.
De acordo com os membros da AAPEMMO, o secretário afirmou durante a reunião nesta semana, que além da suspensão do repasse, a Associação terá sua atuação reduzida, já que a contratação dos professores da Escola de Música passará a ser feita diretamente pela secretaria de Cultura, que inclusive já iniciou nesta semana, um recadastramento dos professores que desejam continuar a dar aula na Escola de Música, cujo documento de inscrição determina novas regras e carga horária de aulas, fato que segundo eles, impedirá que professores que residam em cidades da região consigam conciliar seus horários de trabalho com outros locais que ministram aulas, já que de acordo com publicação divulgada por meio de release da prefeitura, na quinta-feira, 19, “os selecionados terão que ficar à disposição para serem acionados a qualquer momento, conforme as necessidades da Secretaria, cuja jornada de trabalho será de 16h semanais distribuídas em 4h por dia de segunda a sexta-feira”.
Além destas questões, outro fato que desagradou de forma unânime professores, pais de alunos e diretoria da AAPEMMO é a mudança proposta por Flores na metodologia das aulas. Segundo a entidade, o secretário de Cultura deseja que a Escola de Música tenha uma linha menos ‘tecnicista’, deixando de ter aulas individuais para implantar um aprendizado em grupos, que tenha como ponto forte o improviso, o que segundo eles significará a queda brutal da qualidade do aprendizado na Escola de Música.
Segundo os representantes da AAPEMMO, caso as mudanças propostas por Flores sejam implantadas haverá um ‘desmonte’ da Escola de Música e será ‘jogado fora’ todo trabalho feito nesses anos todos, onde a Escola de Música de Ourinhos passou se tornou referência estadual e nacional, cujo ícone deste trabalho é o Festival de Música, que atrai músicos de todo o Brasil e até de outros países, em todas as edições.
Reunião com prefeito
Assim como aconteceu com a APAB (Associação de Pais Amigos do Bailado) – onde os integrantes da entidade foram recebidos pelo prefeito Lucas Pocay, após o anúncio da possível transferência dos alunos do bailado do Centro Cultural para o antigo prédio do SESI – a esperança dos integrantes da AAPEMMO está sendo depositada em uma reunião com o prefeito na próxima semana (cujo encontro foi solicitado pela entidade), durante a qual irão relatar todos os problemas que estão ocorrendo e pedirão que Lucas Pocay intervenha junto ao secretário de Cultura, para que ele volte atrás em várias decisões tomadas, cujas ações eles consideram altamente prejudiciais para o futuro da Escola de Música. De acordo com os representantes da AAPEMMO, caso a reunião com o prefeito não surta os efeitos esperados, eles pretendem realizar um movimento pedindo a saída de Paulo Flores da secretaria de Cultura.
Outro lado
A reportagem do Contratempo entrou em contato com o secretário municipal de Cultura Paulo Flores, na terça-feira, 17, solicitando uma entrevista para que ele esclarecesse os fatos relatados pela AAPEMMO, no entanto, até o fechamento desta edição o secretário não se manifestou a respeito.