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Violência escolar em Ipaussu: Não há políticas de prevenção à violência na rede estadual aponta APEOESP

Violência escolar em Ipaussu: Não há políticas de prevenção à violência na rede estadual aponta APEOESP

As professoras, Luciene Rose de Lemos ferida no braço e Beatriz Belo de Miranda internada na UTI com pulmão perfurado . Ela recebeu alta na tarde de ontem (19)

O caso do jovem Thiago Oliveira de 22 anos preso em flagrante após invadir uma escola em Ipaussu, esfaquear duas professoras e fazer um professor refém continua repercutindo além dos noticiários locais, portais como UOL, Folha de São Paulo e G1noticiaram o caso de violência no ambiente escolar.

O ataque em Ipaussu soma-se a vários outros onde a violência escolar incide de diversas formas nas escolas, há tempos pedagogos e educadores de vários níveis se debruçam em analises e debates sobre o tema da violência nas escolas como uma percepção social, suas perspectivas políticas e psicológicas, para que se possa ampliar a compreensão e fazer-se uso do pensamento crítico sobre essas questões.

A violência escolar é a violência que ocorre no ambiente escolar comumente é cometida por alunos, e não raro, por professores ou outros membros da equipe escolar por meio do bullying, do preconceito de classe social, racismo e da violência física e violência psicológica.

A escola é o lugar de formação intelectual, de desenvolvimento e aprendizagem, um espaço constituído por segurança e proteção. Porém, atualmente, situações de violência e desrespeito nas instituições ganham cada vez mais destaque nas mídias.

Nesse sentido o corrido em Ipaussu instiga mais ainda questionamentos e discussões sobre as responsabilidades da Secretaria de Estado Educação e do próprio corpo docente diante do quadro de tragédia, muito bem posicionado pelo professor Luiz Horta, presidente da APEOESP em Ourinhos em artigo recente publicado pelo Contratempo https://contratempo.info/principal/invasao-agressoes-e-tentativa-de-assassinato-na-escola-estadual-julio-mastrodomenico-de-ipaussu-sp/.

Segundo relato, de quem acompanhou o depoimento do agressor em sua audiência de custódia ocorrida no dia seguinte, no fórum da cidade, o alvo de seu ataque seria a diretora da escola, que não se encontrava no local, e de quem alimentava rancores e mágoas, segundo seu depoimento, pela forma como era tratado por ela, quando esta era sua professora há duas décadas passadas. Os que presenciaram esse depoimento disseram que este não apresentava arrependimento pelo seu ato e que a sua intenção era mesmo a de matar a diretora e teria cumprido este intento se ela estivesse na escola”.. escreveu Luiz Horta

Com razão o dirigente da APEOESP chama atenção para o que poderia ter acontecido se o agressor estivesse portando uma arma de fogo e não um simulacro nesse ataque. Quantas mortes teríamos que estar chorando hoje? Indagou.

Horta destaca que as políticas de prevenção de violência nas escolas estaduais, bem como as chamadas rondas escolares, existem apenas como propaganda em períodos eleitorais. Na prática deixaram de existir a muito tempo no estado.

A chamada mediação de conflitos existente e as ações do conviva-Sp (programa de melhoria da convivência e proteção escolar) são paliativas que apenas tentam ocultar os casos que ocorrem intramuros e fazer transparecer uma tranquilidade e segurança que não existe.

Faltam funcionários; falta policiamento no entorno das escolas; faltam sistemas de vigilância eficazes; faltam gestores capazes de lidar com a realidade que se impõe no universo escolar e na sociedade, destacou o professor.

Relembrando o caso

O crime ocorreu na noite do dia 14 por volta das 20h, na Escola Estadual Professor Júlio Mastrodomênico, no centro da cidade e não havia alunos no local no momento do ataque. O criminoso feriu as professoras Beatriz Belo de Miranda de 26 anos, Luciene Rose de Lemos de 43.

A terceira vitima Danilo Lincoln Apolinário de 27 anos conseguiu desarmar o agressor após o ataque a Beatriz e Luciene, ele não sofreu ferimentos embora tenha levado coronhadas com falso revolver e ter sido feito refém com um canivete até a chegada da Polícia Militar que iniciou as conversações e Thiago acabou se entregando.

Em depoimento a Policia Civil onde o caso foi registrado como tentativa de homicídio e ameaça, ele contou que a sua intenção era vingar-se da diretora da escola que não estava no local no momento da invasão e a agressão.

No interrogatório o acusado disse ao delegado de plantão Paulo Roberto Ceccato, que pretendia assassinar a diretora por ter sofrido bullying em 2012, na escola a qual a diretora então lecionava, não ficou claro as circunstancias, que tipo e por parte de quem ele teria sofrido de bullyng.

Segundo informações, a diretora da escola que o ex-aluno queria atacar confirmou aos policiais militares que há dez anos Thiago provocou problemas na escola em que era professora.

Segundo ela, o jovem então com 10 anos de idade teria ameaçado funcionários. Na época, o estudante chegou a ser denunciado através de uma ocorrência policial de ato infracional sendo encaminhado para acompanhamento psicólogo.

 

 

 

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