Vítimas da pandemia foram homenageadas nos 73 anos da
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Direitos Humanos
João Teixeira
Vítimas da pandemia foram homenageadas nos 73 anos da
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Ato interreligioso promovido pela Comissão Justiça e Paz, da Arquidiocese de São Paulo, também comemorou o centenário de nascimento do cardeal D. Paulo Evaristo Arns
O minuto de silencio em homenagem ás 615 mil vítimas da covid comoveu centenas de pessoas que compareceram – protegidas por máscaras e isoladas entre si – ao Parque da Juventude, na zona norte de São Paulo, no evento comemorativo dos 73 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos 100 anos de nascimento do cardeal D. Paulo Evaristo Arns, sexta (10).
Líderes religiosos representando católicos, evangélicos, judeus, espíritas e umbandistas saudaram os direitos humanos no “Dia Nacional da Liberdade Religiosa”, de “ação e oração”.
“Senhor, ajudai-nos a lutar contra as causas que promovem o empobrecimento, a injustiça e a opressão das crianças e suas familias” – discursou o menino Murilo Brito, da Pastoral da Criança. “Dai-nos força para impedir que hoje meninas e meninos sejam explorados, forçados a trabalhar e a se envolver com drogas, durmam e acordem com fome e sede, fiquem sem escola para estudar, espaço seguro para brincar e morram por causas que podem ser prevenidas, afaste delas a campanha de negacionismo das vacinas que confunde e traz a morte pela pandemia que assola o País”.
Criada há 73 anos, após os “horrores da Segunda Guerra Mundial” ( 1939/45), a Declaração Universal dos Direitos Humanos, dos países aliados vencedores da guerra (36 milhões de mortos) adotaram 4 liberdadez: da palavra, da livre expressão, de religião e das necessidades e de viver livre do medo.
Promove o respeito universal e liberdades fundamentais para todas as pessoas, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.
A Declaração inclui direitos civis e políticos, direito á vida, á liberdade, expressão e privacidade.
Direitos econômicos, sociais e culturais, á segurança social, a saúde, á cultura e á educação.
Acesso á cidadania para mulheres, homens, crianças e adolescentes, é LGBTQIA+.
O cardeal Arns, o “Pastor de Deus”, foi um Homem de coragem que desafiou poderosos de armas na mão em defesa dos humildes”. Foi, é e será sempre referência para nós”, afirmou o ator, diretor e promotor cultural Tadeu di Pietro, mestre de cerimônias.
D. Paulo foi o criador das Comunidades Eclesiais de Base (CEB) na periferia.
As autoridades militares o ameaçavam e a polícia política gravava suas homilías.
“Neste momento de medo, desesperança e apatia vamos ter esperança”, exortou Rodine Meo, do Núcleo Maximiliano Kolbe de Direitos Humanos, fundado pelo jornalista e ex-preso político Dermi Azevedo, da “Folha de S. Paulo”.
“Se d. Paulo estivesse vivo, diria: ‘coragem, esta crise vai passar, mas estejam unidos e organizados”.