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Cerveja ácida. Oi?

Cerveja ácida. Oi?

Olá leitor, como vai? Pois é. O Brasil entrou para o BJCP (Beer Judge Certification Program) com a criação de um estilo único. O que isso significa? Que a partir de 2018 o estilo entra como categoria em concursos mundiais, com características próprias.

A cervejaria Blumenau teria lançado a primeira catharina sour.
Lembrando que a origem da Catharina Sour é a Berliner Weiss, uma cerveja de trigo alemã.

Cervejeiros artesanais de Santa Catarina desde 2015 vem produzindo uma cerveja nova, ácida, para ser discutida em eventos internos da Acasc (Associação de Cervejarias Artesanais de Santa Catarina).   Carlo Lapolli  resume bem a intenção da Catharina Sour ao afirmar que  “Quando começamos a pensar em um estilo diferente, pensamos em algo que pudesse gerar discussão e debate sobre as cervejas produzidas no Brasil. Isso já tem acontecido com esse estilo nas rodas de conversa, nos concursos e nas divulgações sobre o nosso mercado. Agora, esse movimento só ganha mais força”.  E essa força não se manifesta apenas no Brasil, uma vez que cervejarias da América Latina já estão produzindo o estilo.

Mas de onde veio essa cerveja? Inicialmente seria uma berliner weiss. Essa cerveja,  uma variação da weissbier, tem como diferença a utilização de ácido láctico que garante a cerveja sua leveza e acidez. Tomando ela como ponto de partida as cervejarias brasileiras adicionaram frutas – um toque de brasilidade – a cerveja, produzindo então o estilo catharina sour. Durante anos houve uma discussão acirrada entre beer influencers, sommeliers, produtores e apreciadores para definir se lidavam com um novo estilo de cerveja ou apenas uma variação da berliner weiss. A discussão terminou esse ano uma vez que o reconhecimento da BJCP coloca ela oficialmente como um novo ESTILO de cerveja – ao lado de stouts, ipas e pilsens. Mas enfim, o que esperar de uma sour? É, antes de mais nada uma cerveja de trigo, mais clara, praticamente sem amargor ( IBU de 2 a 5), com alta carbonatação e sabores marcantes de acordo com a fruta utilizada em cada receita – de acordo com o BJCP é importante que o aroma e sabor das frutas seja fresco e que estas sejam tropicais.

Entre as receitas disponíveis, eu tive o prazer de experimentar três delas – a Schornstein Cupuaçu Sour, a Dama Session Sour Maresias e a Saint Bier Sour com uvas bordôs. Pessoalmente não é o estilo que mais me agrada, mas admito que em dias quentes é uma cerveja atraente. Com uma pegada que lembra uma fruit beer e/ou um champanhe é uma boa pedida para harmonizar com entradas, canapés e pratos típicos de verão.

 

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