Em reunião virtual entre os membros do Conselho Municipal de Educação no último dia 17, foi decidida de forma unânime a recomendação para que as escolas municipais não retornem as aulas no ano de 2020.
Segundo informações obtidas pela reportagem do Contratempo junto a fontes próximas a secretaria municipal de Educação e ao gabinete da Administração Municipal, o prefeito Lucas Pocay deverá publicar decreto nas próximas semanas vetando o retorno as aulas das escolas municipais em 2020.
Embora a recomendação do Conselho Municipal de Educação não tenha caráter obrigatório, segundo fontes ligadas a gestão municipal, o prefeito Lucas Pocay deverá acatá-la.
Na mesma reunião, os membros da Comissão aprovaram o retorno aa aulas das escolas particulares por terem estrutura necessária para cumprir o protocolo sanitário, desde que conte com a frequência de no máximo 35% dos alunos.
Escolas estaduais preocupadas
Se por um lado parece que o problema das escolas municipais será resolvido, com o retorno aa aulas somente em 2021, causa grande preocupação a possível volta as aulas já em 07 de outubro, dos alunos do Ensino médio e EJA, de forma facultativa e a partir do dia 03 de novembro, para todos, de acordo com determinação do governador João Dória.
No entanto, segundo o governador, caberá ao prefeito de cada município, tomar a decisão de acatar ou vetar a orientação do governo do estado, fato que tem ocorrido em diversos municípios da região e em todo o estado.
Caso se confirme a decisão do prefeito Lucas Pocay em seguir a recomendação do Conselho Municipal de Educação e vetar o retorno as aulas das escolas municipais em 2020, é possível que aplique a mesma decisão em relação as escolas estaduais.
Entre os motivos para essa decisão pesaria o fato que vários professores da rede municipal também lecionam na rede estadual, bem como muitas famílias terem filhos que estudam na rede municipal e outros que estão na rede estadual, além do fato de tanto servidores estaduais como municipais serem atendidos na mesma rede pública de Saúde, o que tornaria contraditório poupar os alunos e servidores públicos municipais do risco de contaminação e expor os servidores públicos estaduais e alunos, ao mesmo risco, já que ambas as redes de ensino não possuem estrutura adequada para aplicar as medidas de protocolo sanitário para a Covid-19.
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