Ourinhense faz parte do Grupo Olho Rasteiro que lança documentário sobre a saudade

Conheça a história do grupo teatral de rua de Curitiba, sobre o produto audiovisual e a vida de Paulo Chierentini, ourinhense que é um dos fundadores do coletivo de teatro

 

Juliana Neves

 

O Grupo Olho Rasteiro, coletivo de teatro de rua com sede em Curitiba desde 2014, lançou o seu primeiro trabalho audiovisual. Um documentário com o tema saudade como o condutor da narrativa. É uma média-metragem de 65 minutos composta por depoimentos reais e respostas poéticas, é uma mescla de documentário com ficção utilizando da linguagem do teatro e cinematográfica.

O sentimento saudade é investigado de modo poético e a estética é a partir da fusão de sentimentos que a própria palavra representa. É uma espera, retorno, vazio, memória viva, está no passado, no presente e projeta o futuro.

Segundo Paulo Chierentini, que faz parte da trilha sonora original do documentário, “a média metragem já conta com mais de 1000 visualizações e o público tem se manifestado de maneira muito afetiva pelo trabalho nos comentários durantes as exibições do filme e em mensagens através das redes sociais. Principalmente pela temática que o filme aborda, que é a saudade e o atual momento em que estamos vivendo”,

Para a produção do documentário, o grupo contou com a participação de familiares e com estes afetos foi criado cenas de curta duração com a saudade como linha de força das narrativas. E todo o projeto foi produzido de modo virtual, com exceção de algumas cenas que precisou ser presencial.

O produto audiovisual é exibido pelo Youtube, de quinta a domingo às 20h, e ficará em cartaz até o dia 22 de agosto com acesso gratuito. E recebeu o apoio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura-Fundação Cultural de Curitiba, da Prefeitura Municipal de Curitiba e do Ministério do Turismo.

 

Paulo Chierentini – O ourinhense do Grupo Olho Rasteio

Em 1999, Paulo Victor Chierentin conheceu o teatro por influência de Sérgio Nunes, figura importante da cultura em Ourinhos. A partir de então, as oficinas do Núcleo Popular de Arte foram as responsáveis por aproximar o garoto de 12 anos ao universo teatral.

Em 2008, Paulo volta ao teatro com o grupo Soarte de direção do ator Leandro Faria e participa das montagens “A balada de um palhaço” (2009), “Noel, o feitiço da vila” (2010), “O viajante trapalhão” (2011) e “Quanto custa o ferro” (2011).

“Em 2012, me mudei para Curitiba para fazer a graduação na Faculdade de Artes do Paraná (FAP). Já em 2014, formei o grupo Olho Rasteiro com a atriz e produtora Rana Moscheta e, desde então, o grupo tem como estudo o teatro de rua. Com o grupo já realizamos cinco montagens de espetáculos para a rua e apresentamos nas praças da cidade, bem como já participamos de festivais fora do Paraná e recebemos o troféu Gralha Azul pelo espetáculo de rua “Hi, Breasil” em 2019”, conta Paulo.

No ano passado, o grupo foi impedido de continuar a trabalhar pela pandemia de coronavírus, e por isso precisaram de reinventar. O documentário foi a reinvenção durante os tempos difíceis da crise sanitária. E como ourinhense, Paulo afirma que há referências de sua cidade natal no produto audiovisual e sua mãe faz parte do elenco de familiares.

 

Ficha Técnica:

Direção: Fernando Vettore

Roteiro: Larissa de Lima e Fernando Vettore

Atuação e dramaturgias: Lucas dos Santos, Paulo Chierentini, Rana Moscheta, Rosane Freire, Tayná Miessa e Vanessa Vzorek

Dramaturgista: Fernando Vettore

Depoimentos: Elsa Godoi, Gildelice Carneiro, Marcos Moscheta, Marly Vzorek, Noriko Nagamatsu, Paulo Roberto Alves

Iluminação: Alan Cristian

Cenário e Figurino: Paulo Vinícius

Trilha Sonora Original: Fernando Ribeiro e Paulo Chierentini

Captação de Áudio: Breno Monte Serrat

Gravação, Mixagem e Masterização: Estúdio Palacete Popular

Câmera e Montagem: Larissa de Lima

Designer Gráfica: Adriana Alegria

Direção de Produção: Rana Moscheta

 

Imagem de capa: print do teaser

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