Representação no Ministério Público aponta divulgadores de pesquisa eleitoral falsa
Não é segredo de onde partiu ou seja, quem são alguns dos os responsáveis pela disseminação da falsa pesquisa de intensão de voto divulgada no início de setembro que trazia no topo o candidato escolhido por Lucas Pocay para sucede-lo em 2025.
A divulgação da pesquisa de mentira foi o ponta pé inicial da campanha eleitoral antecipada levada a cabo pelo prefeito na tentativa de emplacar o seu inexpressível apadrinhado.
Ao que tudo indica a enquete fraudulenta veiculada nas redes sociais e em folhetos distribuídos aos quatro cantos da cidade foi gestada no gabinete mor da administração.
A Fake News afirmava que o Instituto Paraná de Pesquisas com sede em Curitiba, realizou pesquisa de cunho eleitoral na qual perguntava “Em quem você votaria se as eleições para prefeito de Ourinhos fosse hoje? ”.
O resultado da falsa sondagem eleitoral que cita a empresa Paraná Pesquisas como responsável, mostrou cinco nomes de candidatos a prefeito e suas respectivas votações, o conteúdo fraudulento foi rechaçado pelo Instituto que negou veementemente ter realizado pesquisa em Ourinhos.
A escancarada e ilegal campanha eleitoral antecipada deflagrada pelo prefeito com uso massivo da máquina pública está a todo vapor e sem nenhum pudor. Porém, o caso da falsa pesquisa volta a tona agora com o partido Republicanos representando junto ao Ministério Público Eleitoral em notícia crime envolvendo pessoas do grupo político de Lucas Pocay.
Entre os apontados como alguns dos transmissores da Fake News está André Luis Paladino presidente do diretório local do partido Solidariedade, nomeado em cargo de confiança na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e mais quatro pessoas ligadas a administração Pocay.
Entre elas, Paola Belinasi Cachione Secretária Adjunta de Comunicação apontada como responsável por executar as montagens dos gráficos e artes para divulgação da pesquisa falsa. Os servidores Márcio Roberto Fermiano, da Superintendência de Água e Esgoto (SAE), a servidora em Função de Confiança na PMO Vania Ferreira e, o vice prefeito Lucas Shoiti Pinheiro Suzuki atual Secretário de Educação.
Na representação consta vários prints de mensagens do grupo de comunicação institucional do atual governo Municipal denominado “Gestão Lucas Pocay”, com publicações nos perfis das redes sociais Facebook e Instagram e stories dos representados.
Nos prints, os acusados propalaram e enalteceram os resultados de pesquisa inexistente para favorecer o virtual candidato a prefeito Caio Lima, atual Secretário Municipal de Governo . Conforme documentos que a redação do Jornal Contratempo teve acesso, o partido Republicanos sustenta que a falsa pesquisa é criminosa, sua divulgação teve o objetivo de ludibriar a população com vistas às eleições de 2024 ferindo os princípios constitucionais do estado democrático de direito.
Todos os envolvidos estão prestando depoimento em inquérito conduzido pela Delegacia Seccional de Ourinhos que remeterá os autos das oitivas para o Ministério Público. Na argumentação da representação, o simples fato de ter apenas divulgado em redes sociais e em grupo de mensagens com o alcance de milhares de pessoas, não afasta a ilicitude dos atos.Pois as sanções por divulgação de pesquisas eleitorais fraudulentas aplicam-se, também, às pessoas que compartilham essa divulgação e não, apenas, à pessoa que originalmente a realizou.
Nesse sentido a representação busca demonstrar a autoria, materialidade e conjunto probatório apto a embasar condenações.De acordo com a lei, a divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações sujeita os responsáveis a multa no valor de cinquenta mil a cem mil UFIR, constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano.