Dança popular; Samba-rock, arte de igualdade racial

João Teixeira*
Neste domingo (15), a dança do Samba-rock toma conta de Taboão da Serra, município a 18 km da capital, na zona sudoeste da Região Metropolitana da Grande São Paulo, o quinto menor do Estado (20,478 km2) e o de maior densidade demográfica (293.652 habitantes, em 2020).
Não é á toa que Taboão, cuja Prefeitura local está promovendo um importante evento que traz alegria e integração social aos moradores, pode agora resgatar o romantismo e os passos ágeis dos casais “culturalmente integrados” na dança do Samba-rock.
Taboão, cidade conurbada á capital e aos bairros com os quais faz divisa, Butantá, Campo Limpo, Vila Sonia, Capão Redondo, está no epicentro geográfico da região que assistiu ao nascimento do fenômeno artístico e cultural do Samba-rock.
O workshop de Samba-rock, promovido pela Secretaria da Cultura e Turismo, terá aulas de dança, DJ’s, exibições, bailes e muito mais.
Em conjunto com a Coordenadoria Especial de Promoção de Igualdade Racial, o evento mostrará como o gênero do Samba-rock é um tipo de Dança original nascida da criatividade frequentadores de bailes em casas de família, e dos salões de bailes existentes no centro e na zona sul de São Paulo, em fins dos anos 1950/60.
A fusão dos movimentos do rock and roll (já uma mescla de country, jazz e blues) aos passos mágicos do maior patrimônio cultural do Povo brasileiro, o samba, propicia graça e romantismo aos dançarinos.
As equipes de som surgidas nas periferias do Rio é de São Paulo foram duramente discriminadas e reprimidas pelo regime militar (1964/85).
Os generais temiam que o ajuntamento da juventude negra provocasse contestação e agitação como os do Black Power americano e fizesse florescer nos trópicos o nacionalismo cultural afro-americano.
A História não para. Pela igualdade racial!
*O jornalista e escritor João Teixeira é membro do Conselho Editorial do Jornal Contratempo.

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