Sigilo em operações, adjunto de adjunto e violência nas mulheres, que Brasil (ou Cuba, sei lá)!

Despertamos com um novo Brasil, aquele que agora coloca sigilo em todas as operações policiais, bem como o governo federal usando em todas as suas práticas. Acredito que agora sim, finalmente, Jair conseguiu colocar em prática seus ideais, só falta um partido para chamar de seu e a lei do armamento bem do jeito que ele quer. Faz lembrar os tenebrosos tempos de Hitler. Até hoje, continuo acreditando que Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, faz parte de um plano horroroso para denegrir a imagem dos negros. Sérgio deve ter feito a cirurgia contrária à de Michael Jackson, para se infiltrar e destruir a cultura negra no Brasil. Não pode uma pessoa de raça negra cometer tanto crime contra sua própria etnia.

A polícia argumenta que pode comprometer operações futuras, que nada tem que ver com as operações que originaram o sigilo. Acho muito bem que coloquem em sigilo uma operação como a de Lázaro, vejam se alguém questiona o fato de ter sido morto com tantos tiros, estando cercado e sem hipótese de fuga. Provavelmente, não podia ser preso, mas estamos na base de suposições, está em sigilo, deixa assim que não vai prejudicar ninguém (como deixar de efetuar o censo para não mostrar ao mundo a desgovernança que o país vive).

O governo também ampliou o sigilo de documentos solicitados por meio da chamada Lei de Acesso à Informação. Isto significa que o governo barra o acesso a sugestões de veto que os ministérios encaminham ao Presidente, isto nos vai ocultar os alertas que técnicos ou ministros possam elaborar e o governante desprezar tais alertas e tomar decisões contrárias.

Bolsonaro resolveu falar sobre as manifestações cubanas. Cuba protesta contra apagões, contra a escassez de alimentos e contra a pandemia. Ao mesmo tempo pedem que os Estados Unidos acatem os 29 pedidos que as Nações Unidas solicitaram para o fim das sanções em vigor contra Cuba. Bolsonaro, mais uma vez, perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado e não passar vexame, o Brasil luta pelas mesmas reinvidicações (a diferença é que não tem embargos, mas não deve faltar muito, quanto mais não seja pela política ambiental). As pessoas têm ido para as ruas do Brasil também, mesmo que sejam 20 em algumas cidades, são pessoas que estão lá lutando em prol do próximo, não são pessoas que não têm comida na mesa, que não têm falta de emprego, mas têm empatia e amor ao próximo. Como dizia Camilo Castelo Branco : “ O silêncio é uma confissão.”.

Mas este Brasil que estamos vivendo é assustador, é assustador o preço do gás, do combustível, da comida, não tem nada com valores baixos, à exceção dos salários. Até a taxa de desemprego está alta, até a taxa de pobreza está elevada, enfim, Jair servindo e governando para a burguesia que sentia falta de viajar no avião sem a faxineira do lado indo para a Disney.

Mas não é só na esfera federal que vivemos tempos preocupantes. Na nossa cidade, com a criação das novas secretarias e com a obrigatoriedade de extinguir cargos comissionados, a Ggstão resolveu contornar a Lei e usou de diferentes nomenclaturas para cargos comissionados ou funções gratificadas. Agora teremos uma personagem nova, o adjunto do adjunto. Quando a gestão fala que valoriza o servidor público, que falar do professor que não é efetivo, foi em uma escola desistir das horas porque ia assumir um cargo, isto logo após a criação das duas novas secretarias.

Não deve ser fácil ser adjunto de adjunto, mas pelo menos os servidores estão sendo valorizados. Políticos, seja qual for sua posição ou função, devem entender que são pagos por todos nós, que tem que proteger a sociedade, servir as pessoas e nunca seus próprios interesses, estejam em que secretaria estiverem, devem lembrar que é um cargo político que estão exercendo e os cargos duram no máximo 4 anos ou 8 se houver reeleição, ou se não aparecer um puxa saco melhor. E atenção cargos políticos não são somente de Vereador ou Prefeito, ou Secretário, são todos aqueles que as pessoas se encontram desviadas de suas funções e foram nomeadas sem concurso público.

Este domingo, assisti o Profissão Repórter (sim já sei, só assisto emissoras petralhas, de esquerda, mas não consigo assistir emissoras novas de extrema direita, foi essa a minha educação, lamento) que mostrou mulheres que tiveram suas vidas rasgadas pela violência doméstica. Lamentável tal postura de homens insignificantes, ignorantes. Violência doméstica não é somente agressão física, é também verbal, é também psicológica. Qualquer forma de violência é de se criticar, de se denunciar. O problema é que as mulheres é que têm que começar uma vida totalmente nova, muitas vezes em outra cidade porque são perseguidas quando denunciam. Os homens acham que quem erra é a mulher, a própria família não sabe o que está acontecendo, porque a mulher também não fala. Os meus pais me educaram a nunca levantar a mão contra uma mulher, nesse dia considero que deixo de ser homem e passarei a ser um rato. Não aceito de modo algum que um homem agrida uma mulher, não é concebível, não consigo achar explicação, seja qual for o motivo. Se a mulher trair é só resolverem ir cada um para seu lado, se a mulher discutir conosco tem todo o direito, não é somente o homem que pode discutir numa relação, se a mulher bater não tem esse direito, mas nós enquanto sexo mais “forte” não podemos revidar, saímos de casa e acaba sem tocar num fio de cabelo da companheira. Se a mulher contar mentiras sobre algo, mesmo quando separa, é só deixar o tempo colocar tudo em seu devido lugar, não ir atrás da ex companheira para agredir porque o homem está sendo vítima de calúnias. O tempo se encarregará de colocar tudo no seu devido lugar e mostrar a verdade que parecia ser outra totalmente diferente.

Sou parco em palavras neste tema porque o meu cérebro entra em erupção, não dá para justificar ou comentar de tão reles e baixo que é um homem agredir uma companheira que escolheu para viver ao lado, para ser feliz, para construírem algo juntos, não se destruírem mutuamente.

Deixo-vos com uma frase do famoso Fernando Pessoa:

“Não sabemos da alma senão da nossa;

As dos outros são olhares,

São gestos, são palavras,

Com a suposição

de qualquer semelhança

no fundo.”

Pedro Saldida

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